Ex-presidente do Senado criticou pessoas que estariam lidando com o 8 de janeiro como se fosse um “passeio no parque” Política, Minas Gerais, politica, Rodrigo Pacheco CNN Brasil
O ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) criticou, nesta quinta-feira (24), os que pedem uma anistia “ampla, geral e irrestrita” aos envolvidos nos ataques de 8 de Janeiro.
“Os mesmos que negam a democracia, hoje pretendem, repito, uma ‘anistia ampla, geral e irrestrita’, que haverá de ser resistida por cada um de nós, homens públicos responsáveis”, declarou Pacheco, que ainda é senador da República.
A declaração de Pacheco ocorreu ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em agenda presidencial no Vale do Jequitinhonha, no interior de Minas Gerais.
O petista tem levado o ex-presidente do Senado em compromissos no estado e manifestado interesse em ver o aliado se lançando ao governo mineiro em 2026.
Pacheco era o presidente do Senado — e, consequentemente, do Congresso — quando, em 8 de janeiro de 2023, manifestantes ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e contrários ao então presidente recém-empossado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), promoveram ataques contra as sedes dos Três Poderes.
A anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro tem sido uma das prioridades da oposição em Brasília, que coloca esta pauta e outras, que miram mais diretamente os poderes do Supremo Tribunal Federal (STF), como prioridades para quando o Congresso voltar do recesso, em agosto.
Ainda no discurso desta quinta, Pacheco disse que há quem demande a anistia como se o 8 de Janeiro “tivesse sido um passeio no parque”.
“As instituições desse país funcionam. As instituições desse país reagem. As universidades, os movimentos sociais, sindical, os professores, os partidos políticos: todos temos o compromisso com a democracia do país que foi, sim, atacada nos anos de 2022 e 2023”, acrescentou.
O 8 de Janeiro é um dos elementos que colocam 31 pessoas no banco dos réus do Supremo — incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro — por supostamente terem integrado um plano golpista contra o resultado da eleição presidencial de 2022.