Justiça de Minas Gerais converteu a prisão em flagrante do empresário Renê da Silva Nogueira Junior Minas Gerais, -agencia-cnn-, Belo Horizonte, garis, Morte CNN Brasil
A Justiça de Minas Gerais converteu a prisão em flagrante do empresário Renê da Silva Nogueira Junior em prisão preventiva após o assassinato do gari Laudemir de Souza Fernandes. A decisão foi proferida em audiência de custódia e destacou a gravidade concreta dos fatos e a periculosidade social do empresário.
Além do homicídio, Renê também é investigado por ameaça contra a motorista do caminhão. O juiz expressou surpresa com a conduta do acusado, que, após cometer o crime hediondo, foi preso em uma academia, questionando: “Comete um crime desse porte, desse nível e vai treinar numa academia?“.
Esposa de empresário que matou gari, delegada será investigada em MG
O magistrado apontou que o homicídio duplamente qualificado ocorreu por motivação fútil, durante uma briga de trânsito na qual o empresário buscava ultrapassar o veículo coletor de lixo onde os garis trabalhavam. A vítima, em serviço e indefesa, foi atingida no abdômen e veio a óbito no local por hemorragia interna.
Veja abaixo trecho da audiência:
Quem era o gari morto por empresário marido de delegada em BH
-
1 de 10Gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, morto por empresário • Reprodução/Itatiaia
-
2 de 10Renê Júnior escreve na descrição da carreira profissional que tem “27 anos de experiência executiva no setor de alimentos e bebidas” • Reprodução/Itatiaia
-
3 de 10Crime aconteceu após uma briga de trânsito em Belo Horizonte, em Minas Gerais • Reprodução/Itatiaia
-
-
4 de 10Vítima foi socorrida com sinais vitais ao Hospital Santa Rita, em Contagem, mas morreu momentos depois • Reprodução/Itatiaia
-
5 de 10Empresário é casado com delegada da Polícia Civil de Minas Gerais • Reprodução/Redes Sociais
-
6 de 10Empresário de 47 anos foi preso nesta terça-feira (12) suspeito de matar gari • Reprodução/Itatiaia
-
-
7 de 10René foi localizado e preso pela polícia em uma academia • Reprodução/Itatiaia
-
8 de 10Crime ocorreu por volta das 9h03, na Rua Modestina de Souza, bairro Vista Alegre • Reprodução/Itatiaia
-
9 de 10Empresário se declarava como “CEO, vice-presidente, diretor executivo e diretor comercial • Reprodução/Itatiaia
-
-
10 de 10Empresário é casado com delegada da Polícia Civil de Minas Gerais
Reiteração delitiva
A decisão que determinou a prisão preventiva foi fundamentada também na reiteração delitiva do empresário, que já responde a outra ação penal por lesão corporal grave no contexto de violência doméstica, resultando em fratura do braço da vítima.
O empresário já possuía registros policiais anteriores no Rio de Janeiro por violência doméstica e atropelamento com vítima fatal.
Em 2003, uma mulher apresentou uma denúncia contra Renê por agressão, que foi encaminhada ao Jecrim (Juizado Especial Criminal). Anos depois, ele foi acusado de agredir sua noiva durante uma tentativa de reconciliação, ocasião em que a vítima afirmou ter sido “mordida nas costas”.
Em 2011, Renê esteve envolvido em um atropelamento de uma mulher de 50 anos que estava atravessando a rua no Posto 11 do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. De acordo com o boletim de ocorrências, o carro estava em alta velocidade. A vítima não sobreviveu aos ferimentos e faleceu.