Deputados pedem que o ministro explique as ações de enfrentamento ao crime organizado e ao tráfico de drogas, no contexto da megaoperação no Rio de Janeiro Política, Forças Armadas, José Múcio Monteiro, Ministério da Defesa CNN Brasil
O ministro da Defesa José Múcio Monteiro foi convidado, nesta terça-feira (4), a comparecer à Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, após os deputados aprovarem o requerimento 474/2025, durante sessão deliberativa nesta tarde. A data da visita do ministro à Casa ainda não foi definida.
Os parlamentares pedem que José Múcio preste esclarecimentos sobre as ações de enfrentamento ao crime organizado e ao tráfico de drogas, no contexto da megaoperação no Rio de Janeiro, que ocorreu na última terça-feira (28). A ação mirou a facção criminosa Comando Vermelho e resultou em ao menos 121 mortos.
O pedido foi protocolado pelo deputado Gilvan da Federal (PL-ES), inicialmente, como convocação, no entanto, foi transformado em convite após concessão dos deputados. Se convocado, o ministro seria obrigado a comparecer. Enquanto convidado, ele pode recusar o convite.
No documento, Gilvan da Federal justifica que “a demora ou a restrição ao apoio federal solicitado pelo Governo do Estado, inclusive quanto ao emprego de meios e capacidades sob responsabilidade do Ministério da Defesa, em momento crítico de confronto contra facções armadas, causaram indignação legítima, sensação de abandono e a percepção de que o Planalto preferiu a conveniência ideológica ao dever constitucional de garantir a lei e a ordem”.
Megaoperação no Rio
De acordo com o governo do Rio de Janeiro, a operação é considerada a mais letal da história do estado. Dos 117 civis mortos (quatro policiais também morreram), 61 foram retirados de área de mata no dia seguinte à ação.
Batizada de Operação Contenção, a ação ocorreu em conjunto das polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro. Para o embate, foram mobilizados cerca de 2.500 agentes das forças estaduais de segurança, foi resultado de mais de um ano de investigação conduzida pela DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes).
A comissão ainda aprovou uma moção de louvor aos policiais que morreram durante a ação. Os falecidos foram:
- sargento Heber Carvalho da Fonseca, do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope)
- policial militar Cleiton Serafim Gonçalves, do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope)
- policial civil Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, chefe do 53º DP (Mesquita)
- policial civil Rodrigo Velloso Cabral, inspetor na 39ª DP (Campo Grande)

