USOPC atualizou sua política interna para se alinhar à ordem executiva assinada pelo presidente Olimpíadas, -agencia-reuters-, CNN Esportes, COI (Comitê Olímpico Internacional), Donald Trump CNN Brasil
O Comitê Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos (USOPC) atualizou sua política interna para se alinhar à ordem executiva assinada neste ano pelo presidente Donald Trump, que proíbe mulheres trans de competirem em esportes femininos.
“O USOPC continuará colaborando com diversas entidades reguladoras, como o COI, o IPC e as federações nacionais, para garantir um ambiente justo e seguro para mulheres, em conformidade com a Ordem Executiva 14201 e a Lei Ted Stevens”, informou a entidade.
A declaração foi publicada em uma atualização da Política de Segurança de Atletas do USOPC. O comitê não respondeu ao pedido de comentários sobre a mudança.
Segundo a ABC News, o presidente do USOPC, Gene Sykes, e a CEO, Sarah Hirshland, mencionaram a ordem de Trump em um memorando enviado à comunidade da equipe dos EUA nesta semana.
Ordem busca restringir atletas trans em esportes femininos
“Como uma organização com carta federal, temos a obrigação de cumprir as expectativas do governo federal”, dizia o documento citado pela ABC.
Trump assinou em fevereiro a ordem executiva “Manter Homens Fora dos Esportes Femininos”, com o objetivo de proibir meninas e mulheres trans de competirem em categorias femininas.
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A medida foi defendida por apoiadores como forma de garantir justiça nas competições, mas críticos afirmam que ela fere os direitos de uma minoria de atletas.
A ordem determina que o Departamento de Justiça assegure que todos os órgãos do governo apliquem a proibição no contexto escolar, com base na interpretação de Trump sobre o Título IX.
Impacto vai além das escolas e mira os Jogos Olímpicos
O Título IX é uma lei americana contra discriminação com base em sexo na educação. A ordem também proíbe a concessão de vistos a atletas trans que queiram competir nos EUA.
Trump declarou ainda que não permitirá a participação de atletas trans nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 2028.
A medida ordena que o Departamento de Estado pressione o Comitê Olímpico Internacional (COI) a rever suas diretrizes, que hoje permitem a presença de atletas trans sob regras que evitam vantagens indevidas.
Número de atletas trans é pequeno no esporte universitário
Segundo especialistas, a nova política deve afetar apenas um número muito reduzido de competidores.
Em dezembro, o presidente da Associação Atlética Universitária (NCAA) disse ao Senado americano que conhecia menos de 10 atletas trans entre os 530 mil que competem em 1.100 instituições filiadas.

