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Como será a política externa de um governo de direita pós-Lula?

Última atualização: 17 de fevereiro de 2025 16:25
Published 17 de fevereiro de 2025
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O derretimento da popularidade de Lula mesmo entre seus tradicionais apoiadores no Nordeste e os mais pobres tem consequências para além da conjuntura eleitoral e a sobrevivência da democracia brasileira.

À luz do desastre que foi a política externa bolsonarista, cabe perguntar o que será de nossas relações exteriores caso a direita volte ao poder. Procurará ela uma aliança incondicional com o novo velho Ocidente, pautado por valores supremacistas, ou pode-se esperar alguma dose de pragmatismo que independe do posicionamento de um governo no espectro esquerda-direita?

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Caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) siga inelegível, o candidato da direita tende a ser Tarcísio de Freitas (Republicanos), atual governador de São Paulo. Filhote direto do bolsonarismo, Tarcísio não concorre à presidência apenas se não quiser. Tem o PIB ao seu lado e até mesmo setores da elite intelectual que torcem o nariz para Lula. Porém, se for candidato e vencer, terá de “fazer um Pix” ao bolsonarismo. A fatura vai incluir o comando da política externa?

Se incluir, o resultado tende a ser desastroso, pois Bolsonaro já disse que, caso volte ao poder, vai tirar o Brasil dos Brics, o bloco das potências emergentes que tende cada vez mais ao autoritarismo, mas que inegavelmente aumenta o poder de barganha do país perante as grandes potências — China e Rússia inclusive.

Se virar presidente e ceder o Itamaraty ao bolsonarismo em nome de uma cruzada contra aquilo que a extrema direita rotula marxismo cultural, Tarcísio também nos colocará de joelhos perante Donald Trump, que, em linha com sua base política, promove um retorno à diplomacia do mais forte. Potência média e regional, o Brasil apenas tem a perder num cenário em que o Direito Internacional virar pó.

Caso Tarcísio — ou qualquer outro capaz de se apresentar como alguém de direita moderada para os incautos — chegue ao poder e blinde o Itamaraty das disputas políticas, podemos ter um retorno ao pragmatismo responsável de Ernesto Geisel (1974-1979), que liderou uma ditadura militar de direita, mas buscou pontes com o que chamamos hoje de Sul Global em nome dos interesses econômicos do capitalismo de Estado brasileiro.

Antes de Bolsonaro tomar posse, apostava-se que sua política externa satisfaria a ala liberal do Itamaraty, promovendo acordos econômicos. A escolha de Ernesto Araújo como chanceler revelou que as esperanças da continuidade de uma diplomacia pragmática, como a que vinha sendo praticada sob Michel Temer, eram devaneio de quem usava de subterfúgios para justificar o voto num fascista.

Carlos França, outro diplomata de carreira que ocupou a cadeira de Rio Branco sob Bolsonaro, tampouco representou moderação e a prevalência de interesses de Estado sobre os de governo. Seguimos dando as costas para a América do Sul, a região primordial da diplomacia brasileira da Nova República.

Aliás, é em relação ao entorno regional que talvez a direita acabe por se comportar melhor caso volte ao poder — não por pragmatismo, mas por ideologia. Enquanto a Argentina estiver sob o comando de Javier Milei, Buenos Aires seria um parceiro fundamental. O acirramento das tensões geopolíticas, porém, sugere que a direita não seguiria Bolsonaro no relacionamento com China e Oriente Médio. A emulação da cartilha trumpista por estas bandas não faz dos interesses do agro em relação a esses dois parceiros econômicos fundamentais o principal fator a ser considerado nas relações bilaterais com eles.

Em tempos em que o imperialismo clássico retorna com tudo, incluindo tentativas explícitas de conquista territorial, todo cuidado é pouco com a política externa. Diferentemente do que se passa nos EUA e na Europa, o nacionalismo da extrema direita brasileira é ambíguo: arvora-se numa defesa de uma identidade ocidental-cristã, mas ignora noções de soberania econômica, o que pode abrir as portas para a relativização do controle de partes do território nacional ricas em recursos naturais.

Trump não busca aliados, mas vassalos. E Tarcísio usou um boné MAGA (Make America Great Again) para celebrar o início do segundo mandato do presidente americano. Seria bom que cada um dos pré-candidatos da direita — Pablo Marçal e Gusttavo Lima inclusive — viessem à público para dizer o que pensam a respeito do atual cenário global. Se a democracia definha até mesmo onde era incontestável até uma década atrás, o que dizer do respeito às fronteiras nacionais daqueles que, como o Brasil, não desfrutam do status de grande potência? O grande dilema que se avizinha vai além do regime político vigente e impõe questões existenciais à nação.

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