Camila Achutti discute no programa “No Lucro CNN” como a confiança excessiva na tecnologia pode afetar nossa memória e habilidade de pensar Tecnologia, -transcricao-de-videos-pop-, Inteligência Artificial, No Lucro CNN CNN Brasil
A revolução digital trouxe inúmeras facilidades para nossas vidas, mas será que estamos pagando um preço alto demais por essa conveniência? Esta é a questão central abordada por Camila Achutti no mais recente episódio do programa “No Lucro CNN”.
Achutti levanta um alerta sobre os impactos da dependência digital no funcionamento do nosso cérebro. Ela compartilha uma experiência pessoal que ilustra bem o problema: “Eu não sei o telefone do meu marido de cor. Uma vez fiquei presa aqui no prédio”, relata a especialista, destacando como confiamos excessivamente em nossos dispositivos para armazenar informações básicas.
Terceirização da memória
A discussão vai além da simples memorização de números telefônicos. Achutti argumenta que “a gente terceirizou, por total conforto nosso, nossa capacidade de armazenamento para a internet”. Essa dependência da tecnologia para funções antes realizadas por nosso cérebro levanta questões preocupantes sobre o futuro de nossas habilidades cognitivas.
O debate se torna ainda mais relevante quando consideramos o avanço da inteligência artificial. “O que está acontecendo agora? Eu estou terceirizando a minha capacidade de processamento e cognição para inteligência artificial”, alerta Achutti. Esta observação levanta uma série de questionamentos sobre os possíveis efeitos a longo prazo dessa dependência tecnológica.
Impactos na capacidade cognitiva
A especialista especula sobre as consequências dessa terceirização cognitiva: “Será que quando eu precisar, não depender disso, eu vou conseguir ter as minhas próprias ideias? Construir, ter algum insight? Ou eu estou literalmente atrofiando a minha capacidade cognitiva?”
Essas perguntas são cruciais em uma era onde a tecnologia está cada vez mais integrada em nossas vidas cotidianas. O episódio do “No Lucro CNN” serve como um importante alerta para refletirmos sobre nosso relacionamento com a tecnologia e como podemos manter nossas habilidades cognitivas afiadas em um mundo digital.