Parlamentar critica aumento de impostos e defende redução de gastos do governo. Taxação de LCIs e LCAs pode afetar negativamente indústria e consumidores Macroeconomia, -transcricao-de-video-money-, aumento IOF, CNN Brasil Money, IOF CNN Brasil
O deputado federal Coronel Tadeu (PL-SP) afirmou que o Congresso Nacional não deve ceder em relação à decisão de sustar o decreto que aumentou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Em entrevista ao CNN Money, o parlamentar criticou a estratégia do governo de aumentar impostos e defendeu a redução de gastos públicos.
Segundo o deputado, a taxação das LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) pode ter impactos negativos na cadeia produtiva. “Uma vez que você impõe uma majoração do imposto sobre as LCAs e LCIs, você vai encarecer esse processo, seja do agronegócio ou seja do setor imobiliário, porque não há como você absorver um aumento de custo nessa cadeia produtiva”, explicou.
Coronel Tadeu ressaltou que o aumento de custos será repassado ao consumidor final, resultando em preços mais altos e possível aumento da inflação. “O que vai acabar acontecendo é que a vida, em resumo, acaba ficando mais cara”, afirmou.
O deputado declarou sua posição pessoal e a do Partido Liberal contra o aumento de impostos. “Eu, pessoalmente, sou contra o aumento de impostos, a carga tributária do Brasil hoje já é muito alta e o que a gente tem visto desde 2023 para cá é esse governo somente aumentando impostos, não tomando nenhuma atitude para reduzir os gastos”, criticou.
Coronel Tadeu mencionou a previsão de uma audiência de conciliação no Supremo Tribunal Federal na próxima semana e expressou sua expectativa de que a Câmara dos Deputados mantenha a posição de cancelar o decreto que aumentou o IOF.
O parlamentar também criticou a gestão das empresas estatais, citando prejuízos recorrentes em empresas como Petrobras e Correios. Ele defendeu a necessidade de equilibrar as contas públicas e se mostrou aberto a discutir medidas estruturais para melhorar a situação econômica do país.
“Quiserem sentar à mesa e começar a discutir como é que a gente faz para equilibrar essas contas, precisa ser rápido”, afirmou o deputado, ressaltando a importância de agir antes que o foco político se volte completamente para as eleições do próximo ano.
Coronel Tadeu concluiu enfatizando a necessidade de o governo apresentar um plano de corte de gastos para que haja alguma margem de negociação sobre medidas fiscais. “Se eles não vierem também com nenhuma proposta para mesa de negociação, como é que a gente vai ceder?”, questionou.