Ana Leal desenvolve pesquisa que une arte e ciência através da extração de cores de plantas amazônicas, revelando potencial da bioeconomia e valorização da floresta Nacional, -transcricao-de-videos-, Amazônia, Arte, Ciência, COP30, Meio ambiente, Sustentabilidade CNN Brasil
A artista e antropóloga Ana Leal, no CNN Novo Dia, apresenta um trabalho inovador que une arte, ciência e sabedoria local através da impressão botânica com plantas tintórias da Amazônia. O projeto, desenvolvido há dez anos com diferentes biomas brasileiros, ganhou um novo capítulo na região amazônica.
A iniciativa foi realizada em Cachuanã, uma estação avançada do Museu Emílio Goeldi que serve como polo de pesquisas científicas. Neste local, a artista desenvolveu um trabalho minucioso de coleta e extração de pigmentos naturais, transformando-os em impressões únicas em tecidos que revelam a riqueza cromática da flora amazônica. “Eu digo que é uma frestra que a arte abre para a ciência aparecer também”, disse a artista.
Integração com comunidades locais
O projeto contou com intensa participação dos moradores da região, especialmente mateiros, mulheres ribeirinhas e jovens. Os conhecimentos tradicionais da comunidade foram fundamentais para identificação das plantas e suas propriedades tintórias, estabelecendo uma ponte entre o saber local e a pesquisa científica.
A experiência resultou em uma explosão de cores inesperada, superando as expectativas da pesquisadora que já havia trabalhado com outros biomas como Mata Atlântica e Cerrado. “Pode ser uma fonte de bioeconomia e arte valorizando a floresta em pé”, explicou Leal.
A exposição do trabalho, que integra as atividades paralelas à COP30 em Belém, exemplifica como arte e sustentabilidade podem caminhar juntas, oferecendo novas perspectivas para o desenvolvimento econômico da região amazônica.

