Palácio real foi construído em região estratégica para oferecer proteção contra ataques; diversos monarcas já usaram complexo como moradia Internacional, Donald Trump, Estados Unidos, Família real britânica, Londres, Príncipe Harry, Rainha Elizabeth II, Segunda Guerra Mundial, Windsor CNN Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se encontrará com o rei Charles III, do Reino Unido nesta quarta-feira (17) para uma visita de Estado. Trump estará acompanhado pela primeira-dama Melania e chegará ao país ainda nesta terça-feira (16) durante a noite.
O casal será recebido pelo príncipe e pela princesa de Gales, William e Kate. Charles e Trump irão se reunir no Castelo de Windsor, localizado nos arredores de Londres.
Saiba mais sobre o Castelo de Windsor
Com quase mil anos de existência, o Castelo de Windsor é o maior castelo ocupado e mais antigo do mundo. Já foi lar de 40 monarcas desde a fundação.
A moradia começou a ser construída a partir de 1070, pelo rei Guilherme I (William, em inglês) e foi concluída somente 16 anos depois, por volta de 1086.
Escolhida em um local estratégico, a construção tinha como propósito proteger a família real de ataques.
As muralhas externas que podem ser vistas hoje em dia continuam na mesma posição que as estruturas originais.
Com o passar dos anos, o Castelo de Windsor já foi capturado, se tornou quartel-general e chegou até a ser usado como prisão durante guerras nos anos de 1600.
Quando o rei Carlos II assumiu o trono em 1660, ele estava determinado a tornar o castelo o mais esplêndido possível, criando um novo conjunto de salas na década de 1670 com murais e pinturas de teto na residência.

Com a troca de monarcas no Reino Unido ao passar dos anos, o palácio foi passando por outras reformas, tanto estéticas quanto militares.
Atualmente, é usado para cerimônias. Em alguns eventos, pessoas homenageadas recebem medalhas da família real no Grande Salão de Recepção.
O castelo também é usado pelo rei Charles III para audiências e recepções que reúnem convidados do mundo todo para celebrar conquistas e colaborar em diversas instituições de caridade e causas.
Grande incêndio de 1992
Um dos maiores marcos do Castelo de Windsor no século XX foi o grande incêndio que teve início em 20 de novembro de 1992 e foi apagado no dia seguinte.
O fogo começou na Capela Privada da rainha Vitória, quando um holofote defeituoso incendiou uma cortina que estava próxima ao altar. Minutos depois, as chamas foram se espalhando para o corredor St George’s Hall.
A operação para combater as chamas contou com pelo menos 225 bombeiros de sete condados e 1,5 milhão de galões de água.
O fogo foi avistado inicialmente por volta das 11h30 da manhã (no horário local), mas só foi extinto às 2h30 da manhã do dia seguinte, 21 de novembro, após ter queimado por 15 horas.

As chamas destruíram pelo menos 115 quartos, incluindo nove Salões de Estado e mais de cem outras salas, em uma área de nove mil metros quadrados, correspondentes a um quinto da área total do palácio real.
Os funcionários trabalharam para remover obras de arte da coleção real para evitar que queimassem, incluindo móveis franceses do século XVIII, pinturas de Van Dyck, Rubens e Gainsborough, porcelanas de Sèvres e outros tesouros.
Entretanto, duas obras se perderam: um aparador de jacarandá e uma grande pintura de Sir William Beechey.
Um novo cômodo chamado The Lantern Lobby foi construído no lugar onde ficava a Capela Privada, onde as chamas se iniciaram.
A restauração, que durou cinco anos, teve um custo de 37 milhões de libras.
Pelo menos 70% da receita necessária foi obtida com a abertura do Palácio de Buckingham aos visitantes. Os outros 30% restantes foram cobertos por economias no financiamento anual do Parlamento para a manutenção dos Palácios Reais.
Rainha Elizabeth II no castelo
A rainha Elizabeth II, que reinou por 70 anos, teve uma ligação com o Castelo de Windsor ao decorrer da sua vida.
Durante a Segunda Guerra Mundial, quando ainda era princesa, Elizabeth e a irmã Margareth Rose, foram levadas para o castelo para se proteger.
Nessa época, as crianças eram tiradas das grandes cidades para o campo, onde os ataques aéreos eram mais improváveis.
Durante a guerra, o Castelo de Windsor voltou a ser uma fortaleza, visando a segurança de quem estava lá dentro.
Alto-falantes foram instalados para alertar sobre a aproximação de ataques aéreos, enquanto os porões foram transformados em abrigos.

Anos mais tarde, após o grande incêndio, Elizabeth II e o príncipe Phillip (marido dela) realizaram uma recepção de agradecimento para mais de 1.500 empreiteiros que trabalharam na restauração. Na mesma semana, os dois celebraram suas Bodas de Ouro com um baile no castelo.
A rainha também usou o Castelo de Windsor como residência durante toda a pandemia de Covid-19, que começou em meados de 2020.
A monarca passou os últimos anos de reinado no palácio real e foi sepultada na Capela de São Jorge, dentro do castelo.
Além do funeral de Elizabeth, outros integrantes da família real, como o príncipe Philip, o rei George VI (pai da rainha), também foram velados na mesma capela.
Casamentos na Capela de São Jorge
A Capela de São Jorge, localizada no Castelo de Windsor, também recebeu inúmeros casamentos reais.
- Em junho de 1999, o príncipe Eduardo se casou com Sophie Rhys-Jones;
 - Em 2018, o príncipe Harry e Meghan Markle se casaram na capela;
 - Também em 2018, a princesa Eugenie se casou com Jack Brooksbank;
 

Castelo de Windsor e as visitas do público
Em 1825, foi criada a primeira entrada oficial para visitantes e horários de abertura precisos foram estabelecidos.
Quando a rainha Vitória assumiu o trono em 1837, ela introduziu ingressos para visitantes, que podiam ser obtidos no gabinete do lorde camareiro ou em livrarias selecionadas de Londres.
Pela primeira vez, os passeios eram organizados por funcionários contratados especificamente para esse fim, em vez da governanta residente.
Com a chegada das ferrovias em 1858, o acesso ao palácio real foi facilitado, e nas duas décadas seguintes o número de visitantes anuais chegou a 39 mil.

Atualmente, quase um milhão e meio de pessoas visitam o Castelo de Windsor todos os anos, para conhecer mais sobre a história e as obras de arte da Coleção Real.
O preço dos ingressos para visitar o castelo custa em média 17,50 libras para crianças de 5 a 17 anos (aproximadamente 110 reais) e 35,00 libras para adultos (aproximadamente 220 reais). Se comprado antecipadamente, é possível obter descontos.
Para entrar, os visitantes passam por um controle de segurança semelhante ao de um aeroporto.
É permitido tirar fotos de áreas externas do castelo, mas não de dentro do palácio ou na Capela de São Jorge.
*Sob supervisão de Derla Cardoso

			
			
		