Presidência propõe marco simbólico para mudar modelo de desenvolvimento e preservar valores humanos Pará, Belém, COP30, Sustentabilidade CNN Brasil
A presidência brasileira da COP30 propôs transformar a conferência em Belém (PA) em um “ritual de passagem” para um modelo sustentável e inclusivo de desenvolvimento. Na quinta carta à comunidade internacional, divulgada nesta terça-feira (12), o presidente designado André Corrêa do Lago sugere que a reunião marque um momento coletivo de reflexão, luto e construção de futuro.
“Como ritual de passagem para honrar a memória, a COP30 pode ser um momento para salvaguardar nossa essência humana – o essencial que deve ser preservado à medida que nos metamorfoseamos rumo ao novo. Nossa essência reside em valores humanos inegociáveis: empatia, compaixão e solidariedade”, escreveu.
O texto apresenta três dimensões para o ritual: homenagear vidas perdidas em eventos climáticos extremos, preservar valores humanos essenciais e criar, de forma conjunta, soluções para um futuro próspero e seguro.
A proposta inclui integrar esse espírito às quatro frentes da conferência: mobilização global, negociações formais, agenda de ação e cúpula de líderes. O objetivo é que Belém seja palco da união entre autoridade formal e liderança genuína.
“A mobilização global da COP30, a Cúpula de Líderes, o processo formal de negociação e a Agenda de Ação são todas folhas em branco para criação conjunta e arenas para colaboração. (…) Na memória, resistência e imaginação, que a COP30 seja o encontro onde a autoridade formal caminhe lado a lado da liderança genuína. Onde nós, os povos da Terra, possamos nos encontrar para lembrar o que significa pertencer ao planeta e uns aos outros. No qual a ação climática não se resuma apenas às instituições, mas comece e termine com as pessoas. Avancemos decididamente para mudarmos por escolha, juntos”, finalizou Corrêa do Lago”.