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Coreia do Sul, exemplo na economia, também é lição para democracia brasileira

Última atualização: 9 de dezembro de 2024 13:40
Published 9 de dezembro de 2024
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Investimentos em educação, crescimento fomentado por exportações, desenvolvimento tecnológico. Essa é a tríade a que intelectuais — notadamente economistas — costumam referir-se no debate brasileiro para explicar o sucesso da Coreia do Sul, país que acompanhou a evolução do PIB per capita brasileiro durante boa parte do pós-Segunda Guerra até 1980, quando passamos a ficar relativamente estagnados enquanto o país asiático galgou espaços a ponto de já ser considerado uma nação desenvolvida.

Os paralelos entre Brasil e Coreia do Sul, porém, não se restringem à economia. No auge da Guerra Fria, ambas as nações tiveram regimes autoritários que avançaram projetos de industrialização para, nos anos 1980, darem espaço à redemocratização.

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No contexto da atual onda de questionamento da democracia liberal ao redor do mundo, as comparações voltam a surgir com a tentativa malsucedida de autogolpe do presidente Yoon Suk-yeol, um ex-procurador que chegou ao cargo em 2022 vendendo-se como outsider e candidato pelo Partido do Poder Popular (PPP), de direita.

O autogolpe se daria com o eventual sucesso do decreto de lei marcial em 3 de dezembro sob a justificativa de combater forças alinhadas ao regime comunista da Coreia do Norte. A reação da sociedade civil sul-coreana foi decisiva para frustrar os planos de Yoon, que chegou a ordenar que tropas militares cercassem a sede do Poder Legislativo em Seul de modo a impedir a reação de membros do parlamento unicameral à lei.

Parlamentares de oposição e situação enfrentaram o cerco e derrubaram o decreto com o apoio de manifestantes que saíram às ruas denunciando a arbitrariedade do ato presidencial. Assim, deixaram o chefe de Estado sem saída, levando-o a revogar a lei em menos de 24 horas depois do início do processo autoritário. Ainda que o PPP tenha recusado a apoiar o impeachment de Yoon, o presidente aparenta estar com os dias contados no poder. Ele se diz arrependido de suas ações, cometidas por “desespero”.

A vigorosa ação dos políticos dos mais diversos matizes e do povo sul-coreano contrasta com a apatia demonstrada no Brasil em relação ao golpe fracassado de Jair Bolsonaro (PL) para se manter no poder após ter sido derrotado em eleições livres e justas em 2022.

A trama golpista só ficou evidente em novembro passado, com a conclusão das investigações da Polícia Federal. Não se espera, portanto, que o povo saia às ruas, mas é reveladora a reação apática aos graves fatos revelados por parte de lideranças de direita autointituladas e consideradas por acadêmicos e jornalistas como democratas.

Ainda no fim de 2022, quem estava na rua eram os apoiadores do golpismo evidente desde muito antes de 8 de janeiro de 2023, quando ocorreram os ataques contra as sedes. Fala-se até hoje com desfaçatez e desonestidade intelectual em bolsonarismo moderado, uma impossibilidade lógico-histórica tal e qual uma defesa hipotética de um fascismo, nazismo e stalinismo que pudessem conviver com a possibilidade de alternância de poder pacífica e proteção dos direitos de minorias políticas e sociais.

Uma hipótese tentadora para explicar de modo simples a diferença entre Brasil e Coreia do Sul na defesa da democracia reside na performance econômica sob governos constitucionais e alternância de poder.

Enquanto a Coreia consolidou-se como polo de inovação tecnológica e produção industrial de alto valor agregado, expandindo seu PIB constantemente nas últimas três décadas, o Brasil se desindustrializou e ficou dependente da exportação de commodities, ainda que tenha melhorado seus indicadores sociais sob a Constituição de 1988.

Ou seja, numa leitura utilitarista, os sul-coreanos foram às ruas para defender um regime político que lhes deu bem-estar econômico enquanto aumentou o prestígio global do país de maneira consistente. Porém, o argumento não se aplica ao Brasil — afinal, não foram os mais pobres a se juntarem em frente aos quartéis pedindo uma intervenção militar, eufemismo para golpe.

Alternativamente, poder-se-ia defender que bolsonaristas querem uma ordem autoritária para reformar a economia e reduzir a carga tributária que afeta a classe média e empreendedores de pequeno porte. No entanto, um regime autoritário apenas traria mais problemas econômicos ao Brasil, que seria tratado como um pária internacional caso Bolsonaro tivesse ficado no poder e derrubado a Constituição.

À luz do fato de que os governos liderados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promoveram crescimento econômico e políticas redistributivas, chega-se à inevitável conclusão de que o golpismo à brasileira tem elementos significativos de luta de classes. Privilegiados, apoiados por remediados, opõem-se a uma ordem que beneficiam os mais pobres e miseráveis.

Precisamos nos livrar, sem dúvida, do ciclo de voos de galinha na economia. Todavia, isso não se dará sob a liderança de um capitão que foi praticamente expulso do exército por planejar atentados terroristas em instalações militares do Rio de Janeiro e, como deputado federal, votou contra as reformas econômicas da era FHC.

A direita brasileira não é autoritária por querer reformar o país. É para manter privilégios que ela contesta a democracia construída a duras penas. Os sul-coreanos sabem disso independentemente de suas preferências partidárias. No Brasil, triunfa o discurso de autocratização sob uma falsa consciência de classe que engrossa o discurso de elites que não se conformam de viver num país em que o povo está melhor que na ditadura militar.

Não adiantam textos e mais textos dizendo que devemos seguir o exemplo da Coreia do Sul na economia exceto se deixarmos as ilusões autoritárias que surgem ora explícitas, como na última transição de poder presidencial, ora envernizadas por um discurso liberal na economia que embute o pior da aporofobia, elitismo e racismo tão característicos da sociedade brasileira.

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