Constituição exige pleito dentro de 60 dias após a saída de Yoon Suk-yeol se ele deixar o cargo antes do fim do mandato
Este conteúdo foi originalmente publicado em Coreia do Sul: Partido no poder discute renúncia do presidente e eleição antecipada no site CNN Brasil. Internacional, Coreia do Sul, Eleições, Eleições Presidenciais, Yoon Suk Yeol CNN Brasil
Yoon Suk Yeol, presidente da Coreia do Sul, disse que confia seu destino jurídico e político nas mãos do Partido do Poder Popular (PPP), o qual ele faz parte.
A legenda afirmou nesta terça-feira (10) que discute a possível renúncia de Yoon em fevereiro de 2025 e a realização de uma eleição antecipada em abril ou maio.
Lee Yang-soo, que preside uma força-tarefa do PPP lançada na segunda-feira (9) para mapear a eventual e “ordenada” saída de Yoon, afirmou que sua equipe propôs a ideia de o presidente renunciar em fevereiro ou março e realizar uma eleição dois meses depois.
A constituição da Coreia do Sul exige uma eleição dentro de 60 dias após a saída de Yoon se ele deixar o cargo antes que seu mandato único de cinco anos termine — ele tem fim previsto para maio de 2027.
“Ainda não chegamos a uma conclusão em todo o partido e teremos outra reunião com todos os nossos integrantes do Parlamento à tarde para discutir esse plano”, ressaltou Lee a repórteres.
A ideia surgiu três dias depois que o líder do PPP, Han Dong-hoon, informou que o presidente seria excluído de assuntos internacionais e que o primeiro-ministro Han Duck-soo supervisionaria o governo.
O principal partido de oposição, o Partido Democrático (DP), criticou essa medida, pontuando que é inconstitucional e que Yoon deve sofrer impeachment ou renunciar e enfrentar processo legal.
Kim Seon-taek, professor da faculdade de direito da Universidade da Coreia, ponderou que o presidente pode delegar autoridade ao primeiro-ministro.
Chang Young-soo, outro professor da mesma escola, concordou com a opinião de Kim, mas disse que há um debate sobre se o primeiro-ministro tem autoridade para agir como chefe de Estado em questões diplomáticas.
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