Por que a Chevrolet insiste em equipar com correia banhada a óleo seus carros, em vez de equipar com correia dentada normal ou por corrente de comando? – Maurício Silveira Leite, Cotia (SP)
As correias banhadas a óleo surgiram no Brasil em 2015 com o Ford Ka 1.0. Na teoria, elas oferecem o silêncio e a praticidade da correia dentada comum, e a durabilidade das correntes de comando. Acontece que as correias banhadas a óleo ganharam má fama, apontadas como causa de problemas nos motores, o que muitas vezes nem era culpa delas.
Em novembro de 2024, a Chevrolet aumentou a garantia das correntes banhadas a óleo para 240.000 km. O benefício foi dado de maneira retroativa, valendo também para os modelos Onix, Onix Plus, Tracker e Montana fabricados desde 2020.
Na época, questionamos a empresa sobre o aumento da garantia e a montadora respondeu dizendo que confia na sua mecânica e na tecnologia adotada em seus veículos. Antes, o componente seguia a mesma garantia de três anos do motor (sem limite de quilometragem para pessoa física e 100.000 km para pessoa jurídica ou uso comercial).
Essas correias estão em contato direto com o óleo do motor. Por isso, existe uma especificação correta do lubrificante a ser seguida, como recomendam os manuais dos veículos. É questão de saber usar.

Em nosso teste de Longa Duração, tivemos dois modelos com correia banhada a óleo: o Ford Ka 2015, que rodou 60.000 km, e o Chevrolet Onix Plus 2019, estreante no teste de 100.000 km. Ambos seguiram todas as recomendações dos fabricantes e não tiveram nenhum problema relacionado às correias de sincronismo.