Américo Martins, analista sênior de Internacional da CNN, teve conexão cancelada em Baku, no Azerbaijão
Este conteúdo foi originalmente publicado em Correspondente da CNN relata cancelamento de voos para Moscou após ataque no site CNN Brasil. Internacional, Moscou, Rússia, Rússia x Ucrânia, Ucrânia CNN Brasil
Drones da Ucrânia atacaram Moscou pelo terceiro dia consecutivo, forçando o fechamento da maioria dos aeroportos da capital russa. Diversos voos foram cancelados, inclusive para outros locais como São Petersburgo.
O analista sênior de Internacional da CNN, Américo Martins, estava a caminho de Moscou, mas teve uma conexão em Baku, no Azerbaijão, cancelada após os ataques. Não é possível fazer um voo direto de países do Ocidente para a Rússia, necessitando fazer essas escalas.

Américo relatou que o voo estava previsto para a manhã desta quarta-feira (7), e foi adiado por diversas vezes, até ser efetivamente cancelado. A previsão da companhia aérea é que as operações possam ser retomadas às 21h30, no horário local (14h30 de Brasília).
Ao menos cinco voos foram cancelados de Baku para Moscou e um para São Petersburgo. Após algumas horas, novos voos foram programados para outros locais na Rússia, indicando que o espaço aéreo foi aberto nessas aéreas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também está a caminho de Moscou. Não houve informações sobre possível mudança de rota ou adiamento na chegada do petista.
O prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, afirmou que unidades de defesa aérea russas destruíram pelo menos 14 drones ucranianos das 22h de terça-feira (6) até a manhã desta quarta-feira (7).
Os principais aeroportos de Moscou permaneceram fora de operação durante a maior parte da noite, e a companhia aérea russa Aeroflot informou que estava reorganizando horários de voos para lidar com a interrupção.
Ataque antes de grande desfile na Rússia
A ofensiva ucraniana acontece em meio à preparação para um grande desfile militar na Rússia que deve contar com a presença de líderes mundiais, incluindo o presidente da China, Xi Jinping. Ao todo, 29 líderes mundiais devem comparecer.
A Coreia do Norte enviará um embaixador a Moscou, e Índia, Nicarágua e África do Sul serão representadas por delegações de alto nível, segundo o Kremlin.
O Dia da Vitória é o mais significativo no calendário do presidente da Rússia, Vladimir Putin, que o utiliza há muito tempo para angariar apoio público e demonstrar a capacidade militar do país.
Milhares de pessoas são esperadas nas ruas da Praça Vermelha de Moscou nesta sexta-feira (9), em uma demonstração de patriotismo que marca o papel da União Soviética na derrota da Alemanha nazista e homenageia os mais de 25 milhões de soldados e civis soviéticos que morreram durante a Segunda Guerra Mundial.
Tropas de 13 países participarão do desfile, informou a assessoria presidencial da Rússia. O desfile contará com a participação de unidades do Azerbaijão, Vietnã, China e Egito, entre outros, disse Ushakov, segundo a agência de notícias estatal russa RIA Novosti.
Ucrânia critica celebração
A Ucrânia pediu aos aliados internacionais que não enviem tropas para as celebrações do Dia da Vitória da Rússia em Moscou, alertando que a participação equivaleria a “co-responsabilidade pelo sangue de crianças, civis e militares ucranianos”.
“A participação de militares estrangeiros neste evento é inaceitável e será considerada pela Ucrânia como uma profanação da memória da vitória sobre o nazismo”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia.
*com informações da Reuters
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