A proximidade da COP30 em Belém nos coloca diante de um espelho, refletindo os custos alarmantes da inação climática e a necessidade premente de soluções financeiras e sociais robustas. Embora se reconheça a urgência de agir, tem-se observado uma tendência de subestimar ou adiar o investimento necessário na transição energética e na adaptação climática, um fenômeno que tem sido referido como negacionismo econômico.
Os desastres climáticos que presenciamos, como as inundações no Rio Grande do Sul, que geraram uma conta de reconstrução de R$ 100 bilhões para os cofres públicos, são a prova irrefutável de que o custo da inação é, na verdade, pago por todos nós, os contribuintes, e não pelos principais poluidores. Além das cifras, há as perdas inestimáveis de vidas, safras e o surgimento de novas doenças.
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Nesse cenário de custos crescentes e da busca por um mutirão internacional para o clima, o ecossistema de crédito de carbono emerge como uma das mais promissoras saídas, tanto do ponto de vista econômico quanto social. No entanto, é importante notar que, muitas vezes, os recursos financeiros esperados não chegam de forma eficaz aos projetos de impacto positivo que mais necessitam.
Adicionalmente, a ausência de conhecimento claro e a complexidade regulatória podem dificultar que as empresas invistam com confiança ou forneçam a transparência adequada em suas ações climáticas. Esta informação sobre a chegada dos recursos e os desafios de conhecimento e clareza para as empresas não foi explicitamente detalhada nas fontes fornecidas e pode ser importante que você a verifique independentemente.
Na B4, acreditamos que o mercado de carbono não é apenas uma ferramenta financeira, é uma ponte de transformação. Ele representa um mecanismo inteligente para internalizar o custo da poluição, incentivando empresas e países a reduzirem suas emissões ou a financiarem projetos que capturem carbono da atmosfera.
O Brasil, com sua biodiversidade ímpar, vastas florestas e um imenso potencial em energia renovável, tem uma oportunidade única de ser protagonista nas mudanças que o mundo tanto almeja. Somos guardiões da maior floresta tropical do planeta, um sumidouro de carbono essencial para o equilíbrio climático global.
Ao desenvolver um mercado de carbono forte e transparente, podemos não apenas fomentar essa riqueza natural de forma sustentável, mas também demonstrar ao mundo um caminho prático para conciliar desenvolvimento econômico com proteção ambiental e inclusão social.
Esse é um momento estratégico para levarmos essa mensagem de forma contundente: precisamos abraçar soluções que nos permitam construir um futuro mais resiliente. O ecossistema de crédito de carbono, com plataformas como a B4, representa uma das chaves para destrancar o potencial de uma economia verde e para garantir que o custo da ação climática se torne, na verdade, um investimento no nosso futuro comum.
Eventos cruciais, como os recentes London Climate Week e o encontro em Bonn, validaram a importância e a centralidade dos créditos de carbono como ferramentas essenciais para as metas climáticas globais. Agora, resta ao Brasil virar a chave, transformando seu potencial em liderança global efetiva.
Há saída.