Dois homens foram presos após comprarem um carro fruto de latrocínio – roubo seguido de morte. O veículo foi vendido por faccionados do Primeiro Comando da Capital (PCC). O carro seria de um homem que havia sido sequestrado, torturado e morto em Goiânia (GO), em 27 de janeiro.
Gabriel Silva Santos, 28 anos, foi mantido em cárcere por dois dias e obrigado a fazer transações bancárias de até R$ 40 mil para os criminosos. Depois do assassinato, os bandidos usaram o carro da vítima para deixar o corpo dela em uma região de mata. Posteriormente, o veículo foi trocado por drogas.
Na noite dessa segunda-feira (3/2), uma equipe do Batalhão de Polícia Militar de Choque de Goiás (BPMChoque), com apoio de outros grupos operacionais, prendeu dois receptadores que compraram o carro de Gabriel.
Assista ao momento da prisão:
Os militares monitoravam a região, quando viram um veículo com os sinais de identificação adulterados. Durante a abordagem aos responsáveis pelo automóvel, um dos suspeitos disse que o carro era de um amigo e que o tinha pegado emprestado.
Na casa do segundo suspeito, os PMs apreenderam um arma e as placas originais do veículo. Indagado sobre isso, o comparsa relatou que tinha comprado o veículo havia cerca de uma semana e que providenciou a troca das identificações.
Prisão dos faccionados
Policiais militares do Comando de Missões Especiais (CME) prenderam, na última quinta-feira (30/1), três homens e duas mulheres envolvidos no crime. Dois dos suspeitos indicaram aos PMs onde tinham deixado o corpo da vítima.
Um deles detalhou que a vítima havia sido rendida com uma faca: “Amarramos [Gabriel] na cadeira e colocamos a corda no pescoço dele”. O jovem permaneceu atado por um dia e meio, até terminar de transferir o dinheiro.
Veja o depoimento:
O carro de Gabriel foi trocado por drogas, segundo a PMGO. Com os presos, a polícia apreendeu duas porções de skunk; uma de droga sintética conhecida como “icedrive”; e uma balança de precisão.
