Rafael Fonteles, presidente do Consórcio Nordeste, avalia que queda na aprovação de Lula na região é passageira e aponta oportunidades na transição energética
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Em entrevista à CNN, o governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), abordou a recente queda na aprovação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), especialmente no Nordeste, região tradicionalmente favorável ao presidente.
Fonteles atribuiu a oscilação negativa principalmente à inflação dos alimentos, mas ressaltou que considera essa situação “passageira” e “reversível no curto prazo”. Segundo ele, no Piauí, Lula ainda mantém uma aprovação superior a 65%.
Combate à inflação e produção de alimentos
O governador destacou que o combate à inflação, especialmente dos alimentos, deve ser o foco principal do governo federal. “Acho que essa supersafra que nós vamos ter e com mais incentivos ainda à produção, tanto da agricultura familiar quanto do agronegócio, podem repercutir positivamente no arrefecimento desses preços”, afirmou.
Fonteles também mencionou a importância da estabilização cambial para conter a alta dos preços. “Esperamos que isso continue com esses dois fatores, o aumento da produção e também a diminuição do dólar. Acredito que teremos boas notícias em relação ao preço dos alimentos nas próximas semanas e meses”, projetou.
Consórcio Nordeste e oportunidades na transição energética
Como novo presidente do Consórcio Nordeste, Fonteles enfatizou a importância da colaboração com o governo federal e a defesa dos interesses da região. Ele destacou o potencial da Região na transição energética, afirmando que é a maior geradora de energia eólica e solar do país.
“O Nordeste tem uma grande oportunidade para o próprio Nordeste, para o Brasil e para o mundo, que é a transição energética”, declarou o governador. Ele vislumbra uma “neoindustrialização” da região baseada em uma indústria verde, geradora de empregos de qualidade e alinhada com as metas globais de descarbonização.
Fonteles ressaltou que o Piauí produz sete vezes mais energia limpa do que consome e defende que essa energia seja não apenas produzida, mas também consumida na região, impulsionando o desenvolvimento industrial local.
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