De saída do COI, Thomas Bach será presidente honorário vitalício 

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) que está deixando o cargo, Thomas Bach, foi nomeado presidente honorário vitalício nesta quarta-feira (19). O alemão está prestes a se afastar em junho, após 12 anos à frente da organização.

A proposta foi aprovada por aclamação, com Bach, emocionado e aos prantos, recebendo uma ovação de pé dos membros do COI durante a sessão no sul da Grécia. O sucessor de Bach será eleito na quinta-feira (20).

Bach, advogado alemão e ex-campeão olímpico de esgrima, assumiu o cargo em 2013 e imediatamente introduziu reformas abrangentes, tanto em relação aos Jogos Olímpicos quanto ao próprio COI, incluindo a redução do tamanho e custo dos Jogos para torná-los mais atraentes para futuras cidades-sede.

Seu mandato como presidente foi, por vezes, conturbado, com os Jogos Olímpicos sendo afetados pelo escândalo de doping apoiado pelo Estado russo nos Jogos de Sochi de 2014, o que levou os atletas russos a competirem como neutros em várias edições dos Jogos.

Ele também teve que lidar com tensões políticas na Península Coreana antes dos Jogos de Inverno de 2018 em Pyeongchang, na Coreia do Sul, e também foi forçado a adiar os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 por um ano devido à pandemia de COVID-19.

Os Jogos de Inverno de Pequim 2022 também foram realizados sem público devido à pandemia. Os Jogos de Paris 2024 contaram com a participação de atletas russos novamente como neutros, após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022.

Bach, de 71 anos, se afastará do cargo em 23 de junho e também deixará seu posto de membro do COI.

Há sete candidatos para sucedê-lo:m o vice-presidente do COI, Juan Antonio Samaranch Jr., a ministra de esportes do Zimbábue, Kirsty Coventry, e o presidente da World Athletics, Sebastian Coe, da Grã-Bretanha, sendo os favoritos.

O chefe da União Internacional de Ciclismo, David Lappartient, o presidente da Federação Internacional de Ginástica, Morinari Watanabe, o príncipe Feisal Al Hussein da Jordânia e o novato olímpico e multimilionário Johan Eliasch, que comanda a Federação Internacional de Esqui e Snowboard, completam a lista de candidatos.