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Portal Nação® > Noticias > outros > Declínio da globalização e desindustrialização mataram o PSDB
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Declínio da globalização e desindustrialização mataram o PSDB

Última atualização: 10 de fevereiro de 2025 13:12
Published 10 de fevereiro de 2025
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Em busca de um partido ao qual possa se fundir ou pelo qual possa ser incorporado, o PSDB tem sua trajetória associada à evolução da redemocratização pós-ditadura militar e, portanto, da ordem constitucional imposta pela Carta Magna de 1988.

A “morte” do partido, assim, pode sinalizar o fim da Nova República e dias ainda mais difíceis para os defensores da Constituição, que, conforme bem explorado pelo JOTA, vem sendo desacreditada até mesmo pelos futuros operadores do Direito que flertam com a política antissistêmica do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) et caterva.

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Embora o desaparecimento dos tucanos é geralmente creditado às suas próprias lideranças, parece-me que o partido que ocupou a Presidência da República entre 1995 e 2002 e, depois disso, foi a principal força de oposição até 2016, termina por conta de dois fatores estruturais.

Um partido como o PSDB, originalmente com tendências liberais na economia e nos costumes, só tinha lugar num Brasil que era minimamente competitivo em indústria na globalização ou tivesse disseminado valores do liberalismo político entre a população. Na esfera econômica, há muito perdemos qualquer capacidade competitiva no setor de manufaturados. Na dimensão comportamental, estamos assaz afastados da valorização dos direitos individuais universais que tanto caracteriza o liberalismo político.

No Brasil pós-globalizado, quem dita a marcha político-econômica é a dinâmica agroexportadora. Não descemos para BC, com diz o hit do verão que glorifica Balneário Camboriú. Quase um século depois do início da marcha forçada para a industrialização, voltamos para o inferno da dependência de commodities, tão característico da República Velha, em combinação com o fundamentalismo conservador religioso.

O PSDB falava para uma classe média do pós-ditadura que não mais existe porque, em sua configuração histórica, foi dizimada junto com a indústria nacional. Profissionais liberais historicamente ligados ao partido ainda estão por aqui, mas hoje seus valores aproximam-se mais do bolsonarismo que do tucanismo histórico, de forte viés intelectual. De fato, nunca tiveram os tucanos uma base orgânica tal e qual o PT encontrou nos sindicatos e, hoje, a extrema direita — espalhada por diversos partidos, sobretudo o PL — dispõe dentre profissionais militares e de segurança pública, produtores agrícolas, pequenos empresários e evangélicos.

É simbólico que, para os tucanos, tenha sobrado apenas a opção de se juntar a um dos dois partidos que melhor representam o centrismo à brasileira. PSD e MDB bem encarnam o tipo de partido “pega-tudo”, mas que hoje possuem quadros relevantes a flertar com a direita antidemocrática. Tendo sido uma dissidência do antigo PMDB, que se tornara excessivamente fisiológico durante a Constituinte, o PSDB representou uma tentativa fracassada de modernização da política brasileira, com foco em quadros com certo verniz intelectual-técnico, num claro contraponto ao personalismo típico das agremiações políticas do país.

O bolsonarismo, porém, deixou o PSDB nu. Isso porque fica evidente que parcela significativa votava 45 não por convicção, mas por falta de alternativa para combater o petismo e o lulismo. O distanciamento temporal da ditadura e o declínio do liberalismo ao redor do mundo fizeram com que a extrema direita desse a cara a bater e perdesse a vergonha.

Corretamente criticado pela postura elitista de suas lideranças e membros, o PSDB chega ao fim da linha num momento em que a democracia segue ameaçada. Por isso e por sua trajetória de quase 37 anos, não é exagero dizer que o fim dos tucanos representa nosso fracasso como democracia. Do centro para a direita, hoje no Brasil não sobra uma força totalmente comprometida com essa forma de regime político.

Para sustentar a ordem político-social-econômica inaugurada entre 1985 e 1988, basta uma centro-esquerda cada vez mais minoritária e com traços fortes de personalismo e populismo? Até mesmo os que costumavam ser desprezados pelos tucanos, assim como os adversários que os rotulavam de fascistas, vão sentir saudades deles.

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