Advogados disseram que o governo dos EUA “pretende matar o Sr. Mangione como um golpe político”
Este conteúdo foi originalmente publicado em Defesa de Luigi Mangione pede que juiz impeça pedido de pena de morte no site CNN Brasil. Internacional, Estados Unidos, Luigi Mangione, Nova York, Pena de morte CNN Brasil
Os advogados de Luigi Mangione pediram, nesta sexta-feira (11), que um juiz impeça o governo dos Estados Unidos de buscar a pena de morte no caso da morte de Brian Thompson, CEO da UnitedHealth Group, em Nova York no ano passado.
Os advogados de Mangione afirmaram em um documento apresentado ao tribunal federal de Nova York que o anúncio feito pela procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, em 1º de abril, de que os promotores buscariam a pena de morte foi “assumidamente político” e violou protocolos governamentais.
“O governo dos Estados Unidos pretende matar o Sr. Mangione como um golpe político”, disseram os advogados.
O Departamento de Justiça não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Mangione, de 26 anos, se declarou inocente das acusações de homicídio doloso como ato de terrorismo e porte ilegal de armas no estado de Nova York. Ele ainda não se declarou culpado em um caso federal paralelo, no qual Bondi afirmou que os promotores buscariam a pena de morte. Já Nova York não prevê a pena de morte para acusações estaduais.
Em uma declaração de 1º de abril, Bondi afirmou que o assassinato de Thompson foi um “assassinato premeditado e a sangue-frio que chocou os Estados Unidos”.
“Após cuidadosa consideração, ordenei aos promotores federais que buscassem a pena de morte neste caso, enquanto implementamos a agenda do presidente Trump para coibir crimes violentos e tornar a América segura novamente”, disse Bondi.
No processo judicial desta sexta-feira, os advogados de Mangione afirmaram que o governo não seguiu os protocolos para decisões sobre pena de morte, que incluem uma longa investigação e oportunidades para a defesa contestar.
Os advogados também citaram uma aparição na televisão em que Bondi disse ter ordenado aos promotores que buscassem a pena de morte porque a vítima era um CEO.
“O advogado não tem conhecimento de nenhuma disposição no estatuto da pena de morte ou no protocolo de pena de morte do Departamento de Justiça que permita a consideração da condição social, econômica ou profissional de uma suposta vítima de homicídio para determinar se deve ou não buscar a pena de morte”, disseram os advogados de Mangione.
Se Mangione for condenado no caso federal, o júri determinará em uma fase separada do julgamento se recomenda a pena de morte. Qualquer recomendação deve ser unânime, e o juiz será obrigado a impô-la.
Brian Thompson, o falecido CEO da divisão de seguros do UnitedHealth Group, foi morto a tiros em 4 de dezembro em frente a um hotel em Midtown Manhattan, onde a empresa se reunia para uma conferência com investidores.
O assassinato de Thompson e a subsequente perseguição de cinco dias cativaram os americanos.
Embora autoridades públicas tenham condenado o assassinato, alguns americanos aplaudiram Mangione, dizendo que ele chamou a atenção para os altos custos da saúde nos EUA e para o poder das seguradoras de saúde de se recusarem a pagar por alguns tratamentos. Ele está atualmente detido em uma penitenciária federal no Brooklyn.
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