Em 2024, ao menos 56 crianças brasileiras perderam a vida após participarem de desafios perigosos divulgados em redes sociais. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (14) pela secretária de Direitos Digitais do Ministério da Justiça, Lilian Melo, em entrevista à GloboNews.
Os dados vieram à tona durante a investigação da morte de Sarah Raissa Pereira de Castro, de 8 anos, que teria inalado o conteúdo de um desodorante aerossol ao tentar reproduzir o chamado “desafio do desodorante”. A menina sofreu uma parada cardiorrespiratória na última quinta-feira (13) e não resistiu.
Diante do cenário alarmante, Lilian Melo defendeu a criação de um aplicativo com mecanismos mais eficazes de restrição de acesso a conteúdos inadequados para crianças.
“Queremos ir além da simples verificação etária baseada em autodeclaração. Hoje, basta uma janela perguntar ‘você tem 18 anos?’ e uma criança de 12 responder que sim para ter acesso irrestrito. Isso é claramente insuficiente. É preciso avançar e construir um novo modelo de proteção”, afirmou a secretária.
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