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Portal Nação® > Noticias > outros > Desastres naturais e saúde mental: deslocamentos elevam risco de ansiedade 
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Desastres naturais e saúde mental: deslocamentos elevam risco de ansiedade 

Última atualização: 25 de setembro de 2025 09:46
Published 25 de setembro de 2025
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Vítimas de eventos climáticos extremos têm risco quase três vezes maior de adoecer psicologicamente; estudo mostra prejuízos psíquicos de saída involuntária do lar  Saúde, Ansiedade, COP30, Depressão, Mudanças climáticas, Saúde mental CNN Brasil

Contents
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O impacto das mudanças climáticas não se limita às perdas materiais ou econômicas. Um estudo recente, publicado no JAMA, mostra que o deslocamento forçado por desastres naturais, como enchentes, incêndios ou tempestades, aumenta significativamente os riscos de ansiedade e depressão. A pesquisa mostra que, quanto maior for a duração do deslocamento, maiores as chances de sofrimento psíquico.

Para chegar a tais conclusões, os pesquisadores analisaram dados do levantamento Household Pulse Survey, do Departamento de Censo dos Estados Unidos. Dos mais de 18 milhões de respondentes, cerca de 2,4 milhões de moradores do país relataram ter sofrido com deslocamentos induzidos por desastres naturais em 2023.

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Foi assim que os pesquisadores descobriram que mesmo os indivíduos afastados por menos de uma semana de seus lares já podem manifestar sintomas de ansiedade (33,1%) e depressão (26,5%). Mas a grande preocupação é com aqueles que nunca mais retornam para casa. Entre eles a vulnerabilidade psicológica é ainda maior, com 69,6% deles apresentando sinais de ansiedade e 58,4% de depressão.

Segundo o relatório State of the Global Climate, produzido pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), 2024 foi um ano particularmente difícil, com milhares de pessoas tendo que sair de suas casas em razão de sua destruição ou comprometimento de segurança. Trata-se do maior número de casos registrados pela autoridade desde 2008.

Riscos dos deslocamentos prolongados

“Os deslocamentos mais prolongados colocam as pessoas em uma posição de maior risco a sintomas psicológicos”, destaca a cientista de saúde ambiental Ther Aung, autora do projeto e professora da Case Western Reserve University, nos Estados Unidos. “Pessoas deslocadas costumam ser alocadas em abrigos temporários instáveis, que tampouco colaboram com a saúde mental.”

Na comparação com as pessoas que não precisaram deixar as suas residência por influência de eventos extremos, aquelas que nunca voltaram para casa depois do incidente eram quase três vezes mais propensas a manifestar ansiedade e depressão, por exemplo. Pode haver muitas razões pelas quais as pessoas não voltam para casa após desastres naturais, como a perda permanente da casa, o trauma psicológico ou mesmo a falta de opções de emprego na região destruída.

“A saída do lar gera uma quebra de rotina e vínculo social, que coloca os indivíduos em um estado de alerta e preocupação”, aponta o psiquiatra Thyago Antonelli, do Einstein Hospital Israelita. “Muitas vezes, eles têm que lidar com o novo ambiente ao mesmo tempo que vivem o luto por familiares que não sobreviveram à tragédia, assim como pelas perdas de bens, sonhos e memórias.”

Toda essa readaptação faz com que eles comecem a manifestar ou apresentem uma piora nos sintomas de ansiedade e depressão. Além disso, especificamente no caso das pessoas diagnosticadas com algum tipo de transtorno psicológico, existe o risco de elas apresentarem regressões em seus tratamentos, seja pela perda dos medicamentos utilizados ou pela desvinculação com os profissionais de saúde locais.

Outro ponto relevante do estudo é o perfil das populações mais vulneráveis aos prejuízos psicológicos. Jovens adultos, pessoas LGBT+, indivíduos com menor renda ou escolaridade e aqueles com deficiências apresentaram taxas muito mais elevadas de sofrimento mental. A correlação já havia sido sugerida anteriormente pela equipe, em um artigo publicado em janeiro no American Journal of Public Health.

Para Antonelli, isso se deve ao fato de que esses grupos já são vulneráveis a problemas psicológicos mesmo sem considerar o contexto de desastres naturais. “Quando eles ocorrem, a falta da sensação de pertencimento e de vínculo social podem ser particularmente fortes entre eles. Além disso, a discriminação nos espaços que deveriam lhes acolher pode aumentar a sua sensação de isolamento e insegurança”, avalia o especialista do Einstein.

Saúde mental na resposta a desastres naturais

Embora existam protocolos e orientações internacionais que recomendem a incorporação de cuidados psicológicos nos atendimentos a pessoas que precisaram se deslocar de suas casas em razão de desastres naturais, isso nem sempre acontece na prática. “A escala das necessidades supera os recursos disponíveis”, relata Aung.

O que costuma ocorrer são ações mais imediatas. Dessa maneira, as intervenções com as vítimas passam por oferecer um abrigo seguro, muni-las de informações sobre o que está acontecendo e dar, pelo menos, um apoio psicológico básico para ajudá-las a processar os seus sentimentos para, então, restabelecer um pouco de sua rotina – procedimentos conhecidos como primeiros socorros psicológicos (PSP).

Mas só isso não basta. A autora defende que são necessários planos de resposta a desastres mais robustos, desenvolvidos com a participação ativa das pessoas mais afetadas pelo deslocamento induzido. Para ela, também é necessário aumentar a conscientização entre os profissionais de saúde e garantir que os terapeutas de saúde mental e assistentes sociais façam parte das equipes de recuperação de desastres naturais.

Uma vez que as mudanças climáticas vêm aumentando a frequência e a intensidade dos eventos extremos, o sofrimento psicológico dos deslocamentos pode deixar de ser algo pontual para virar um problema sério de saúde pública. Dessa forma, incluir a saúde mental nas discussões climáticas acaba também sendo essencial para garantir financiamento, planejamento urbano e políticas de proteção social para os indivíduos vulneráveis aos desastres naturais.

“Sem esses cuidados, a gente pode acabar respondendo só pelos danos físicos e econômicos, deixando de lado a dor e a saúde emocional das pessoas. E, no fim, isso também prejudica a capacidade das comunidades de se recuperarem dos acidentes”, conclui Antonelli. “Uma comunidade que não está bem psiquicamente vai ter muito mais dificuldade de prosperar”, diz o especialista do Einstein que sugere que a saúde mental passe a integrar a agenda de eventos climáticos, entre eles, o da COP30 (30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), que acontece em novembro no Brasil.

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