Polícia Militar retira cerca de 150 pessoas de imóvel na região portuária; PSOL critica ação e Prefeitura diz que local receberá Centro Cultural Rio África Rio de Janeiro, -agencia-cnn-, Desocupação, Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) CNN Brasil
O policiamento no Centro do Rio de Janeiro segue reforçado, nesta segunda -feira (8), após tumulto em uma desocupação na manhã de ontem (7).
Segundo a assessoria da Polícia Militar, cerca de 150 pessoas haviam ocupado o imóvel localizado na Rua Venezuela. Após tentativas de negociação, equipes do Batalhão de Choque realizaram a desocupação. A corporação informou que houve resistência por parte dos ocupantes.
Na confusão, agentes usaram spray de gás de pimenta. Duas pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas ao Hospital Municipal Souza Aguiar. Um homem foi detido e levado à 21ª DP (Bonsucesso).
A Prefeitura do Rio declarou que o prédio invadido é o mesmo onde devem começar, em breve, as obras do Centro Cultural Rio África, espaço destinado a valorizar a cultura afro-brasileira em frente ao Cais do Valongo. Em comunicado, destacou que a ação foi realizada em conjunto com a Polícia Militar e a Guarda Municipal.
Em nota, o PSOL-RJ repudiou a operação, classificando-a como “violenta, arbitrária e sem respaldo judicial”. O partido afirmou que famílias sem-teto, incluindo mulheres e crianças, foram expulsas de um prédio federal que não pertence ao Estado nem à Prefeitura. O PSOL também denunciou agressões da Guarda Municipal contra os deputados da legenda Tarcísio Motta e Professor Josemar, que, segundo o partido, foram atacados enquanto acompanhavam a situação.

O prefeito Eduardo Paes se manifestou pelas redes sociais, atribuindo ao PSOL e ao Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) a responsabilidade pela ocupação. Paes afirmou ainda que o governo federal, proprietário de diversos imóveis na região, poderia destiná-los a projetos habitacionais, mas prefere, nas palavras do prefeito, “ocupar e esculhambar com a cidade”. Ele disse ter conversado com o governador Cláudio Castro e que a ordem foi de desocupação imediata.
