Estádios oferecem espaços adequados, protetores auriculares e profissionais para auxiliar portadores do TEA Notícias CNN Brasil
O Dia Mundial do Orgulho Autista acontece nesta quarta-feira (18). Diversos clubes brasileiros estão atuando não só neste dia, mas o ano inteiro em prol da inclusão da comunidade aos ambientes do futebol.
Uma das principais medidas adotadas por clubes, como por exemplo Corinthians e Palmeiras, foi a inauguração de salas sensoriais em suas arenas para acolher pessoas diagnosticadas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Esses espaços têm tratamento acústico, reduzindo o som externo. Isso porque portadores do TEA podem sofrer grande incômodo pelo barulho gerado pela torcida dentro dos estádios.
Já o Fortaleza oferece abafadores de ruído para os torcedores diagnosticados com autismo. Os fãs que quiserem utilizar o produto devem solicitar o equipamento até um dia antes do jogo.
No Beira-Rio, o Internacional possui um time especializado para ajudar os torcedores que apresentam necessidades motoras ou cognitivas. O local adaptado é equipado com abafadores e jogos sensoriais.
Ações de arrecadação e conscientização
O Santos realizou, em abril deste ano, um leilão com as camisas utilizadas no jogo contra o Bahia e que foram autografados pelos jogadores. Em parceira com a Match Worn Shirt, plataforma oficial online de leilões do clube, os valores arrecadados foram doados para duas instituições que tratam sobre o autismo.
O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, destacou que esse tipo de ação acontece ao longo do ano, não só com doações, mas também com campanhas de conscientização.
“Ao longo do ano realizamos diversas ações que envolvem campanhas de conscientização, doação, visitas a instituições e recepção de diversas ONGs da Baixada Santista e de todo o Estado de São Paulo na Vila Belmiro. É importante para nós e nos traz muito orgulho. Na verdade, é uma tradição do Santos”, explicou.
Já o Cuiabá realizou uma campanha na qual diversas crianças portadoras de autismo conheceram a Arena Pantanal.
O Avaí promoveu uma ação na partida contra o Operário-PR, na Ressacada, em abril. Os jogadores entraram em campo com uma camisa personalizada, que continha os números em um formato de quebra-cabeça e um patch com a seguinte mensagem: “Informação Gera Empatia – Empatia Gera Respeito”.
Após o duelo, as peças foram leiloadas em parceria com a Play For a Cause, e o dinheiro foi revertido para a AMA (Associação de Pais e Amigos de Autistas).
Para além dos estádios
As ações dos clubes estão indo além de apenas dentro de seus respectivos estádios e impactando a comunidade no dia a dia. O Sport, em parceira com o Instituto Somar, disponibiliza em sua sede social uma clínica para atendimento a autistas.
O espaço tem capacidade para até 100 atendimentos por dia e faz parte do trabalho social realizado pelo clube, como destacou o presidente Yuri Romão.
“Consolidamos o Sport como um clube que trabalha forte o seu lado social. As ações já realizadas provam isso. A Somar, que faz um trabalho espetacular, tem contribuído ainda mais com o nosso propósito”, elogiou.
Além da ação realizada em abril, o Santos criou o projeto de responsabilidades sociais ‘Muito Além do Futebol’, que utiliza a imagem da instituição e de seus atletas para conscientizar a população sobre diversos temas, como inclusão, diversidade e equidade.
O Juventude tem camarotes exclusivos no Estádio Alfredo Jaconi para as famílias que possuem membros com autismo. O time gaúcho também desenvolve outros projetos como a criação da torcida organizada exclusiva para autistas. Essas torcidas estão se tornando cada vez mais comuns, uma das principais é Autistas Alvinegros, que marca presença em todos os jogos do Corinthians.
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(Publicado por Ana Cristina Schwambach)
