De acordo com análise da StoneX, a Rússia vendeu 664 milhões de litros de diesel ao Brasil em agosto, mas sua participação de mercado recuou de 58% em julho para 50% Macroeconomia, CNN Brasil Money, Combustível, Diesel, Diesel russo, Importações CNN Brasil
A Rússia permanece como principal fornecedora de diesel para o Brasil, mas perdeu participação nas importações brasileiras em agosto, espaço que foi ocupado pela Índia, conforme análise da StoneX divulgada nesta sexta-feira (5).
De acordo com a consultoria, a Rússia vendeu 664 milhões de litros de diesel ao Brasil em agosto, mas sua participação de mercado recuou de 58% em julho para 50%. Já a fatia da Índia subiu a 18%, ante 10% no mês anterior, apontou.
Os EUA, que sancionaram a Índia com tarifas mais altas de 50% por compra de petróleo russo, seguiram como segundo principal vendedor de diesel ao mercado brasileiro em agosto, com 31% do volume total.
A queda mensal também refletiu, em parte, uma base de comparação elevada em julho, quando o Brasil registrou o maior volume importado de diesel desde dezembro de 2023, com as vendas de diesel B no mercado doméstico atingindo recorde histórico no mesmo período, em meio ao avanço da colheita do milho safrinha e início dos preparativos para o plantio da soja.
Ao todo, o Brasil importou 1,3 bilhão de litros de diesel A em agosto, queda de 25% frente ao mês anterior, mas um avanço de 2,1% em relação ao mesmo período do ano passado, disse a consultoria, citando dados do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).
A redução das compras externas frente a julho já era esperada devido à entrada em vigor em agosto da nova mistura “B15”, de 15% do biodiesel no diesel, o que acarreta menor necessidade de internalização do combustível.
Já no caso da gasolina, as compras externas pelo Brasil somaram 157 milhões de litros em agosto, uma queda de 45,6% frente ao ano passado.
“Os resultados de agosto se mostram positivos, dado que, mesmo com a entrada de uma mistura maior de biodiesel no diesel B, as internalizações de diesel A seguiram aquecidas, com a chegada de um volume maior de insumos agrícolas”, afirmou Bruno Cordeiro, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, em nota.
O desempenho reflete um mercado bem abastecido, depois de importações fortes nos últimos meses, além de um aumento da oferta de gasolina pelas refinarias domésticas e a elevação da mistura de etanol na gasolina de 27% para 30%, segundo a analista Isabela Garcia.
No acumulado do ano, as importações de gasolina pelo Brasil somam 1,65 bilhão de litros, uma queda de 16,8% frente ao mesmo período em 2024 e quase 47,1% abaixo no comparativo de 2023 — ano em que se registrou recorde de demanda por gasolina C.
O que muda com consignado para CLT e motoristas e entregadores de app?