Descubra como a dieta cetogênica e a mediterrânea atuam no corpo e quais os efeitos que podem trazer para o futuro da saúde. Saúde, Dieta cetogênica, Dieta mediterrânea CNN Brasil
A busca por uma alimentação saudável é constante entre as pessoas que querem mudar seu estilo de vida. Seja pela procura por saúde, estética ou longevidade, muitas pessoas almejam padrões alimentares que ofereçam resultados rápidos e sustentáveis.
Entre os modelos de estratégia alimentar, dois ganham destaque: a dieta cetogênica, famosa por levar à perda de peso, e a dieta mediterrânea, reconhecida por sua segurança e benefícios comprovados a longo prazo. Mas, afinal, qual delas é a melhor?
Para entender as diferenças entre as duas estratégias, é preciso analisar não apenas os resultados imediatos, mas também os impactos que cada uma pode gerar na saúde ao longo dos anos. Thalita Sanches de Brito, da Clínica Dra. Maria Fernanda Barca, destaca os principais pontos de atenção das duas dietas.
Como funcionam as dietas cetogênica e mediterrânea e quais são seus benefícios?
De acordo com a nutricionista, a dieta cetogênica trabalha com a restrição dos carboidratos, de forma geral. Além disso, a especialista destaca que essa dieta prioriza o consumo de gorduras boas, levando o corpo a usar a cetose como fonte de energia.
“Ela costuma gerar perda de peso rápida e melhora do controle glicêmico em pessoas com obesidade ou diabetes, mas a adesão prolongada é difícil e ainda faltam estudos de segurança a longo prazo”, pontua Thalita.
Enquanto isso, a dieta mediterrânea é equilibrada, rica em vegetais, azeite, peixes e grãos integrais. “Este regime alimentar é amplamente estudado e associado à menor risco cardiovascular, redução de inflamação e maior longevidade. Hoje, há consenso de que a mediterrânea é mais segura e sustentável, enquanto a cetogênica pode ser útil em perfis específicos, sob acompanhamento profissional”, adianta a nutricionista.
Thalita ainda afirma que a diferença entre estratégias alimentares está na forma como a alimentação é gerenciada. Segundo a especialista, na dieta cetogênica, o objetivo principal é favorecer uma perda de peso mais rápida e melhorar o controle glicêmico. Já na dieta mediterrânea o foco está na melhora do perfil inflamatório, na prevenção de doenças crônicas e na promoção da saúde a longo prazo.
Para quem cada dieta é indicada?
A escolha da dieta deve levar em conta o perfil individual de cada pessoa. “A cetogênica pode ser indicada para pessoas com obesidade, síndrome metabólica ou diabetes tipo 2 que precisam de perda de peso rápida e melhora do controle glicêmico, sempre com acompanhamento profissional. Ela também é utilizada em casos específicos, como no tratamento da epilepsia refratária”, explica a nutricionista.
Já a mediterrânea, segundo a especialista, pode ser abraçada por praticamente todos. “É recomendada para quem busca prevenção de doenças crônicas, especialmente pessoas com risco cardiovascular, histórico familiar de diabetes ou obesidade. Além disso, é um padrão alimentar sustentável, equilibrado e benéfico para a saúde a longo prazo.”
Qual dieta é a melhor?
Na prática, a resposta é que não existe uma “melhor dieta” universal. Tudo depende do contexto de cada pessoa. Mas o consenso é claro: enquanto a cetogênica pode ser útil em situações específicas e de curto prazo, a mediterrânea se consolida como a alternativa mais segura, eficaz e fácil de manter.
“Mais importante do que seguir modismos, é respeitar as necessidades do corpo e buscar acompanhamento profissional. A melhor dieta é aquela que pode ser mantida com prazer, equilíbrio e que promove saúde de forma duradoura”, conclui Thalita Sanches.
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