Análise mostra que nenhum candidato da direita consegue despontar nas pesquisas. Michelle Bolsonaro tem melhor desempenho, mas todos perdem para Lula em cenários de 2º turno Política, -transcricao-de-videos-, Eleições 2024, Michelle Bolsonaro CNN Brasil
Uma nova pesquisa Quaest, realizada entre 2 e 5 de outubro com 2.004 pessoas, revela um cenário desafiador para a direita nas eleições de 2026. O levantamento, com margem de erro de 2 pontos percentuais, indica que nenhum nome do campo conservador demonstra força suficiente para se destacar na disputa.
Em entrevista ao Live CNN, o diretor de Inteligência da Quaest, Guilherme Russo, avaliou os resultados das pesquisas divulgadas pelo instituto nesta semana. Em todos os cenários de segundo turno simulados, Lula aparece à frente dos possíveis adversários. “Estes resultados mostram o retrato de que os apoiadores do presidente Lula estão muito dispostos a votar nele”, explicou. Os dados mostram resultados estáveis independentemente do oponente.
Michelle lidera entre nomes da direita
Michelle Bolsonaro emerge como a figura com melhor desempenho entre os nomes da direita, superando outros potenciais candidatos, como Tarcísio de Freitas. No entanto, mesmo com o peso do sobrenome Bolsonaro e uma rejeição menor que a de outros membros da família, seus números ainda ficam aquém do necessário para uma vitória.
Em cenários que simulam uma fragmentação da direita, com múltiplas candidaturas, a situação se mostra ainda mais complexa. Por exemplo, em uma disputa simultânea entre Tarcísio de Freitas e Eduardo Bolsonaro, os dois aparecem tecnicamente empatados com 19% e 17%, respectivamente, evidenciando uma divisão que poderia enfraquecer o campo conservador. “Isso mostra uma descoordenação da direita, nenhum dos nomes tem despontado. A gente tem visto a direita cair ao longo do tempo”, disse o diretor de Inteligência da Quaest.
A pesquisa também revela uma mudança significativa em relação ao levantamento de maio de 2025. Naquela ocasião, Tarcísio de Freitas chegou a aparecer com 40% em um cenário de segundo turno contra Lula, que tinha 41%. No atual levantamento, essa diferença aumentou consideravelmente, com Lula atingindo 45% contra 33% do atual governador paulista.