Gabriel Lima da Silva e Alisson Teixeira estavam entre os suspeitos de executar Anna Luiza, de 21 anos. Eles morreram em confronto durante a Operação Vértice, em Porto Seguro Bahia CNN Brasil
Dois dos cinco homens mortos durante a Operação Vértice, deflagrada na última quarta-feira (23) pela Polícia Civil da Bahia, estavam diretamente ligados ao assassinato de Anna Luiza Lima Brito, jovem de 21 anos que foi sequestrada, morta e esquartejada em Eunápolis, no sul do estado, em junho deste ano. Os suspeitos foram identificados como Gabriel Lima da Silva, conhecido como “Cobrinha”, e Alisson Teixeira de Souza.
A informação foi confirmada oficialmente pela Polícia Civil da Bahia. Ambos estavam entre os alvos da operação em Porto Seguro.
Eles teriam envolvimento direto na execução da jovem, investigada como um possível “acerto de contas” dentro da própria facção criminosa.
Gabriel Lima da Silva integrava o mesmo grupo criminoso de Matheus Rodrigues de Souza, namorado de Anna Luiza, que foi assassinado a tiros dentro de um mercado em Eunápolis, dois dias antes da morte da jovem. A polícia acredita que Anna tenha atraído Matheus para uma emboscada, o que teria motivado sua execução como forma de retaliação.
O corpo de Anna foi encontrado esquartejado no dia 25 de junho. A Polícia Civil investiga se ela foi julgada por um “tribunal do crime”, prática comum entre facções que determinam punições internas.
Na época, a mãe da jovem, em um desabafo nas redes sociais, revelou que já temia pelo destino da filha: “Ela dizia que não tinha medo de morrer, mas da forma como ia morrer”, relatou.
A Operação Vértice foi desencadeada após meses de investigação conduzida pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Além dos cinco mortos, outras nove pessoas foram presas. Mandados de prisão e busca foram cumpridos em Salvador, no interior do estado e no sistema prisional. O grupo é investigado por crimes de homicídio, tráfico de drogas e roubo de veículos.
Durante as ações, a polícia apreendeu armas, drogas, munições, explosivos, dinheiro e documentos. A corporação afirma que os suspeitos são responsáveis por pelo menos oito assassinatos em 2024, incluindo o de uma criança de 11 anos.