Doença é caracterizada por dores difusas no corpo e fadiga, mas diagnóstico preciso requer análise detalhada e exclusão de outras condições, explicam médicas Saúde, -transcricao-de-videos-, CNN Sinais Vitais, Dr. Kalil, Dr. Roberto Kalil, saude, Saúde mental CNN Brasil
A fibromialgia, síndrome que causa dor generalizada no corpo e outros sintomas debilitantes, tem gerado diagnósticos precipitados, alertam especialistas. A condição, que também pode incluir fadiga crônica, distúrbios do sono e alterações cognitivas, requer uma avaliação médica minuciosa para sua confirmação. A doença foi tema do CNN Sinais Vitais.
De acordo com Waldenise Cossermelli, reumatologista e professora Faculdade de Medicina de Jundiaí, não existem exames laboratoriais específicos ou testes físicos definitivos para diagnosticar a fibromialgia. O diagnóstico baseia-se principalmente nos relatos do paciente sobre dores difusas, desde que não haja sinais de inflamação ou alterações em exames de sangue.
Camila Magalhães, psiquiatra e pesquisadora do Núcleo de Epidemiologia Psiquiátrica da USP, explica que a condição está relacionada a uma desregulação no sistema da dor. “Pessoas com predisposição podem desenvolver a doença após exposição a gatilhos traumáticos, situações angustiantes recorrentes ou estresse crônico”, esclarece.
A especialista destaca ainda que pacientes com fibromialgia frequentemente apresentam alterações no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, resultando em níveis elevados de cortisol. Fatores como qualidade de sono prejudicada e estilo de vida estressante também podem contribuir para o desenvolvimento da síndrome.
O tratamento pode incluir abordagens terapêuticas que ajudem os pacientes a desenvolver melhores estratégias de enfrentamento. Segundo Magalhães, quando os pacientes realizam terapia e trabalham no manejo do estresse, frequentemente observa-se uma redução significativa nos sintomas físicos da doença.