Declaração acontece após o presidente dos Estados Unidos anunciar que deve divulgar novas tarifas ao Brasil em breve Macroeconomia, CNN Brasil Money, Donald Trump, Geraldo Alckmin CNN Brasil
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quarta-feira (9) que caso o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decida sobretaxar a importação de produtos brasileiros, a medida será injusta e pode prejudicar a economia americana.
“Eu não vejo nenhuma razão para aumento de tarifa em relação ao Brasil. O Brasil não é problema para os Estados Unidos. Então, é uma medida que em relação ao Brasil é injusta e prejudica a própria economia americana’, disse Alckmin
“O Brasil, por exemplo, não tem sido bom para nós, nada bom. Vamos divulgar um dado sobre o Brasil, acredito, no final desta tarde ou amanhã de manhã”, disse o republicano a repórteres em um evento com líderes da África Ocidental na Casa Branca.
O presidente norte-americano vem anunciando uma série de taxas contra parceiros comerciais nos últimos dias e sinalizou que novas medidas devem ser divulgadas nas próximas horas.
Os EUA e os parceiros comerciais vêm negociando novos acordos comerciais desde que Trump anunciou as chamadas tarifas “recíprocas” em abril. No entanto, poucos acordos se concretizaram: um com o Vietnã e um com o Reino Unido, além do avanço nas tratativas com a China.
O Brasil tem adotado cautela nas negociações com os Estados Unidos sobre as tarifas de importação, já que a sobretaxa aplicada aos produtos brasileiros, no anúncio das medidas, foi de 10% – a menor entre os países afetados.
O governo brasileiro avalia que possui argumentos sólidos para levar à mesa de negociações e tem ressaltado, nas reuniões, que os EUA são superavitários na relação comercial com o Brasil.
Apesar da postura moderada do governo nas negociações, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem adotado um tom mais duro em discursos públicos ao criticar o presidente norte-americano.
As declarações de Lula vão desde comparar Trump a um “imperador” até defender o enfraquecimento do dólar no comércio internacional, durante a cúpula dos chefes de Estado do Brics.
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