Confederação apresenta propostas para descarbonização do setor, incluindo IPVA progressivo e incentivo ao transporte coletivo Macroeconomia, CNN Brasil Money, Confederação Nacional do Transporte (CNT), emissão de carbono, veículos CNN Brasil
A CNT (Confederação Nacional do Transporte) está presente na COP30, em Belém, e apresentou propostas concretas para reduzir as emissões de carbono no setor de transportes, segundo Vander Costa, presidente da confederação.
O presidente explicou algum dos pontos de atenção para o setor atingir metas até 2030, em entrevista ao CNN Money.
“Há a necessidade de se fazer alguma compra de carbono para chegar à neutralidade”, afirmou.
Costa disse que a CNT divulgou o inventário do setor de transportes, que abrange as emissões nos escopos 1 e 2, indo além da motorização. O levantamento considera não apenas veículos e aeronaves, mas também a infraestrutura, segundo ele.
“É importante colocar a motorização nova, os aviões novos poluem menos que os antigos. Mas no setor aéreo, por exemplo, temos que cuidar também dos aeroportos, fazer com que o consumo de energia seja reduzido para poder atingir o carbono neutro no futuro”.
A CNT enxerga que a eletrificação apresenta-se como solução eficaz para veículos leves, incluindo automóveis, motos e caminhões de trânsito urbano. No entanto, para o transporte pesado de longo percurso, outras alternativas não poluentes são necessárias.
O presidente da confederação destacou que o metano surge como opção promissora, oferecendo duplo benefício: remove o gás de efeito estufa da natureza e serve como combustível.
Um dos principais gargalos identificados pelo setor é a necessidade de políticas para a retirada de veículos antigos mais poluentes. A CNT sugere a implementação de um IPVA progressivo, similar ao modelo europeu, onde veículos mais velhos pagam valores mais altos. A entidade também busca recursos internacionais, através do BID, para financiar a descarbonização do setor.
O incentivo ao transporte coletivo é apontado como solução crucial por Vander Costa, considerando que 52% das emissões do transporte rodoviário provêm de veículos leves.
Para isso, ele afirmou ser necessário garantir qualidade, pontualidade, segurança e conforto. No âmbito aquaviário, destaca-se que um comboio em hidrovias emite apenas 10% do que seria emitido pelo mesmo volume de carga transportado por carretas nas rodovias.
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