Declaração foi em Seminário de Segurança Pública no IDP, em São Paulo Política, -agencia-cnn-, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Segurança Pública, STF (Supremo Tribunal Federal) CNN Brasil
O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, afirmou, nesta segunda-feira (26), que “é preciso que se combata o crime sem cometer crime”, durante o Seminário de Segurança Pública, organizado pelo Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE) e o Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP). O evento ocorre em São Paulo.
“A toda hora nós, neste Fla-Flu, que às vezes envolve a temática nessas fórmulas apodíticas aparecem sempre medidas salvacionistas. A gente, inclusive o governador Eduardo Leite, querendo se inspirar em Bukele, não faz sentido. Pelo menos isso não cabe na Constituição de 88, ou a violência policial que extravasa todos os limites. É preciso que se combata o crime sem cometer crime. Isto é fundamental”, afirmou o decano do STF.
Além de Gilmar Mendes, participam do evento o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD-RS), o presidente da Câmara dos Deputados Hugo Motta, o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU) Vinicius de Carvalho, Jorge Messias, advogado-geral da União e Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça, com participação virtual.
“Quando a gente critica algo, a gente tem, na verdade, que indicar qual é o caminho, qual é a solução”, prosseguiu Gilmar Mendes.
No Congresso, tramita, após meses de negociações a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública. O texto passou por vários ajustes. A primeira versão da matéria, elaborada por Lewandowski, foi bastante criticada por governadores e prefeitos.
Na semana passada, o ministro defendeu a PEC, alegando que o governo federal não tem “nenhum interesse” em interferir nas polícias estaduais.
“Se esta PEC tem um mérito, o mérito é justamente fazer uma união de forças. Não temos nenhum interesse em interferir nas competências das polícias”, afirmou o Lewandowski durante audiência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.