Mauricio Moura, professor na Universidade George Washington, analisa as consequências das tarifas impostas por Donald Trump e seu impacto na popularidade entre eleitores de baixa renda
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O economista Mauricio Moura, professor na Universidade George Washington, nos Estados Unidos, disse que, por enquanto, a base eleitoral de Donald Trump continua apoiando suas ações, mas alertou que isso pode mudar quando o impacto econômico das tarifas começar a ser sentido diretamente pelos eleitores de baixa renda.
Moura explicou que o eleitorado principal de Trump é composto por pessoas de menor renda e escolaridade, com pouca participação no mercado de ações. Consequentemente, as flutuações na bolsa de valores, resultantes das políticas tarifárias, não afetam diretamente esse grupo.
Segundo o economista, o grupo mais afetado pelas oscilações do mercado financeiro tende a ser contra as políticas de Trump. “O grupo que tem mais poupança nas bolsas de valores já é um grupo anti-Trump, é mais escolarizado, é mais concentrado nas regiões metropolitanas, tem mais renda”.
No entanto, Moura alerta que o cenário pode mudar quando o aumento dos preços começar a ser sentido no dia a dia dos consumidores. “O que vai atingir o grupo de eleitores do Trump vai ser o preço das coisas. E, obviamente, vai aumentar preço, porque todo mundo sabe que tarifa é um imposto sobre os produtos e quem paga é o consumidor”, explicou.
A estratégia de Trump
O professor também abordou a estratégia política de Trump, descrevendo-o como alguém que “vive de manchetes” e “vive de atenção”. O economista argumentou que Trump aprendeu, durante seus 14 anos como apresentador de reality show, que o conflito gera audiência.
“Ele é um político que, durante 14 anos como apresentador de um reality show, basicamente aprendeu que o que gera audiência é conflito. Então, se ele vive de atenção, vive de audiência, ele é um gerador de conflito”, concluiu Moura.
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