Ultradireita aparece em segundo lugar; Partido de Olaf Scholz fica em terceiro
Este conteúdo foi originalmente publicado em Eleição na Alemanha: boca de urna mostra liderança de conservadores no site CNN Brasil. Internacional, Alemanha, Eleição, Olaf Scholz CNN Brasil
Os primeiros números das eleições antecipadas na Alemanha estão chegando, e a União Democrata Cristã (CDU), de centro-direita, parece estar prestes a voltar ao poder. Uma grande comemoração percorreu a sede do partido conservador quando as primeiras pesquisas de boca de urna foram anunciadas, indicando 29% para a coligação CDU/CSU.
Isto significa que Merz, um conservador da velha guarda que nunca ocupou um cargo governamental anteriormente, provavelmente se tornará o novo chanceler da Alemanha, a maior economia e o estado mais populoso da Europa.
Se as pesquisas se mantiverem, a Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita, parece ter alcançado o seu resultado mais elevado até agora, com 19,5% dos votos – quase duplicando o seu apoio desde as últimas eleições em 2021. Este é um aumento significativo previsto no apoio ao partido, que provavelmente é agora a maior força de oposição da Alemanha.
O Partido Social Democrata (SPD), de centro-esquerda, do chanceler Olaf Scholz parece destinado a ficar em terceiro – uma grande reviravolta desde as eleições de 2021, quando obteve 25,7% dos votos.
A Aliança Sahra Wageknecht (BSW) perdeu por pouco o limite de 5% necessário para entrar no parlamento, enquanto o partido A Esquerda ultrapassou confortavelmente essa linha, obtendo significativos 8,5%.
As seções eleitorais abriram às 08h (horário local) e fecharam às 18h, no horário local (4h e 14h no horário de Brasília, respectivamente).
Os votos são contados manualmente nas seções eleitorais. O resultado preliminar oficial é publicado na manhã seguinte à eleição, segunda-feira (24).
Quem são os candidatos?
Friedrich Merz é o favorito para se tornar o próximo chanceler da Alemanha. O veterano político, de 69 anos, e seu o partido de centro-direita União Democrata Cristã (CDU), concorren esta eleição em uma coligação formada com o União Social-Cristã (CSU), partido político conservador de orientação democrata cristã do estado da Baviera.
O conservador é do partido da ex-chanceler Angela Merkel, que governou o país entre 2005 e 2021, e é uma rival de longa data do candidato dentro da própria sigla.
Merz tem o endurecimento da política de imigração como foco da campanha. Falando à CNN em Berlim depois da convenção do CDU, o político disse que “controlaria as fronteiras” e devolveria aqueles que entrassem no país sem documentos.
O partido de ultradireita Alternativa para a Alemanha (AfD) aparecia em segundo lugar nas pesquisas, com 20% das intenções de voto. A candidata, Alice Weidel, também defende políticas anti-imigração. A economista, de 46 anos, diz que o fenômeno da “imigração em massa” precisa ser revertido.
O partido de Olaf Scholz, o Social-Democratas (SPD), de centro-esquerda, está em terceiro lugar nas pesquisas, com 16% das intenções de voto. Apesar do dado, em uma entrevista para a revista alemã Der Spiegel, o atual chanceler disse que tem 60% de chance de se manter no cargo, que ocupa desde 2021. Nas últimas eleições, Scholz venceu dos conservadores por uma pequena margem. Agora, o SPD está muito atrás do CDU/CSU e também do AfD.
O SPD, sob comando de Scholz, tem como foco questões sociais. O partido quer o aumento do salário mínimo e que o custo de vida seja acessível. A sigla também defende que pessoas com renda mais alta paguem mais impostos.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Eleição na Alemanha: boca de urna mostra liderança de conservadores no site CNN Brasil.
