Em meio a criticas, Courtois volta para Bélgica após quase dois anos 

O goleiro da Bélgica, Thibaut Courtois, foi convocado para a seleção nacional pela primeira vez em 22 meses, encerrando seu exílio autoimposto em um retorno que gerou críticas de ex-jogadores internacionais.

Courtois não jogava pela Bélgica desde junho de 2023, quando teve uma discussão com o treinador da equipe, Domenico Tedesco, sobre a faixa de capitão da equipe, mas voltou após a demissão de Tedesco e a nomeação de Rudi Garcia, em janeiro, para substituí-lo.

Koen Casteels, que tem sido o goleiro regular da Bélgica nos últimos dois anos, deixou a seleção em protesto, e outros companheiros de equipe fizeram críticas veladas à ausência do goleiro do Real Madrid.

Espera-se que Courtois fale com a imprensa na terça-feira, mas seu retorno à equipe não agradou o ex-treinador Marc Wilmots, sob quem Courtois conquistou 41 convocações entre 2012 e 2016.

“Eu não o teria convocado ainda. Eu teria deixado passar esses dois jogos”, disse Wilmots sobre os dois jogos da Bélgica contra a Ucrânia nas semifinais da Liga das Nações, em Murcia, na Espanha, na quinta-feira, e em Genk no domingo.

“Eu teria primeiro visto, ouvido e sentido dentro do grupo o que eles pensam sobre o assunto. Eu teria falado com Casteels, mostrado respeito pelos jogadores que estavam lá e que fizeram isso sem Courtois e, só então, talvez eu teria integrado Courtois”, disse Wilmots à rádio belga.

Garcia disse, no anúncio da convocação, que haveria uma discussão com Courtois sobre sua saída da seleção e as críticas passadas aos companheiros.

“Thibaut é um dos melhores goleiros do mundo, senão o melhor, e é ótimo tê-lo no grupo”, disse Garcia na última sexta-feira (14). “Nós vamos falar uma vez com o grupo sobre o que aconteceu, mas é isso. Esta é uma nova aventura e eu quero seguir em frente.”