Polícia considera dois seguranças como principais suspeitos pela morte de Adalberto Amarilio Júnior; celulares deles foram “apagados” São Paulo CNN Brasil
A Polícia de São Paulo ainda não sabe quem matou o empresário Adalberto Amarilio Júnior, encontrado em um buraco no Autódromo de Interlagos. A investigação, porém, avançou. Segundo informações reveladas na tarde desta sexta-feira (18), dois nomes de seguranças foram ocultados na lista entregue pela empresa responsável por atuar no local.
Eles são considerados suspeitos de participar do crime.
Na ação policial, foram apreendidos computadores e celulares com o cumprimento de cinco mandados nesta sexta-feira (18). A Polícia tenta entender o motivo dos nomes terem sido ocultados na lista inicial, e se esses seguranças (que eram chefes dos demais) foram os responsáveis pela morte.
Um deles é Leandro Thallis, lutador de jiu-jitsu, com passagem por furto, associação criminosa, ameaça e lesão corporal. “Estranhamente, o segurança lutador de artes marciais, não voltou para trabalhar no dia seguinte”, disse o delegado Osvaldo Nico.
Leandro chegou a ser preso por porte ilegal de armas, mas solto após pagar fiança.
A Polícia também confirmou que os celulares dos dois principais suspeitos chegaram “apagados” para análise.
“A gente não consegue apontar essa autoria, até seria leviano. Com certeza, alguma coisa eles têm pra falar. Tanto que os celulares estão periciados”, afirma Nico.
Laudos
O laudo com a causa da morte do empresário Adalberto Amarilio Júnior, encontrado em um buraco dentro do Autódromo de Interlagos, na zona sul da capital, no início de junho, apontou a presença de terra nas vias aéreas dele.
O resultado reforça a tese da polícia de que o empresário estava vivo quando foi colocado no buraco. Entretanto, não é possível afirmar se isso levou à asfixia, que foi apontada como a causa da morte.
O laudo pericial também apontou escoriações no pescoço, que podem indicar que Adalberto sofreu um golpe mata-leão.
Um laudo toxicológico do IML não detectou a presença de álcool e drogas no corpo de Adalberto. Essa informação vai contra o que disse seu amigo Rafael Aliste, que já prestou dois depoimentos e afirmou à polícia que ele e Adalberto haviam consumido cerca de oito copos de cerveja e maconha.
A Polícia Técnico-Científica também apontou resultado positivo para PSA (Antígeno Prostático Específico), indicativo de presença de proteína do sêmen na região do pênis do empresário. Contudo, o Instituto de Criminalística esclareceu que o resultado não necessariamente indica que houve ato sexual no local.
Em situações de asfixia, pode ocorrer um reflexo vagal que provoca contrações nas vesículas seminais, levando à eliminação do líquido seminal mesmo sem ato sexual.
A polícia concluiu também que as amostras de sangue achadas no carro do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior, encontrado morto no Autódromo de Interlagos, na zona sul da capital paulista, são dele e de uma mulher, ainda não identificada.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP), o laudo do DNA realizado no sangue foi parcialmente concluído. Houve a confirmação de que parte do sangue é de Adalberto, e parte é de uma mulher ainda não identificada.
A CNN apurou que esse sangue vai ser confrontado com o DNA da esposa de Adalberto, para saber se o material é de fato dela.