Adalberto Amarilio dos Santos Júnior foi encontrado morto no dia 3 de junho dentro de um buraco em Interlagos São Paulo, -agencia-cnn-, Autódromo de Interlagos, Polícia Civil, São Paulo (Cidade), São Paulo (estado) CNN Brasil
Após quase dois meses de investigação, coleta de provas e prisão de suspeito, desvendar o quebra-cabeça do mistério sobre a morte do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Júnior, de 36 anos, ainda é um grande desafio para a Polícia de São Paulo.
Adalberto foi encontrado morto no dia 3 de junho, dentro de um buraco no Autódromo de Interlagos. Na última sexta-feira (18), em coletiva de imprensa, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil atualizou sobre as últimas descobertas.
Desde o início, um dos principais desafios da investigação é a falta de imagens do local da data do crime. Além disso, a polícia descobriu que dois nomes, de pessoas que atuam em cargos de comando, foram ocultados na lista apresentada previamente pela empresa responsável pela segurança no local.
Como Adalberto foi morto?
O laudo com a causa da morte do empresário apontou a presença de terra nas vias aéreas dele. Escoriações no pescoço, que podem indicar que Adalberto sofreu um golpe mata-leão, também foram apontados.
O resultado reforça a tese da polícia de que o empresário estava vivo quando foi colocado no buraco. Entretanto, não é possível afirmar se isso levou à asfixia, que foi apontada como a causa da morte.
Um laudo toxicológico do IML não detectou a presença de álcool e drogas no corpo de Adalberto, informação que vai contra o que disse seu amigo Rafael Aliste, que já prestou dois depoimentos e afirmou à polícia que ele e Adalberto haviam consumido cerca de oito copos de cerveja e maconha.
Principais pistas recentes da polícia
- Sangue no carro: quando os agentes encontraram o carro do empresário, a perícia detectou a presença de manchas de sangue. A polícia informou que o sangue é anterior aos fatos;
- Empresário não chegou até o carro: Ivalda Aleixo, afirmou que o empresário não chegou até o veículo em que estava no estacionamento.
- Celulares “apagados”: DHPP informou que os celulares dos seguranças apreendidos durante a operação chegaram completamente apagados;
- Objetos apreendidos: celulares de seguranças apreendidos estavam apagados
- Nomes apagados: Segundo informações reveladas na sexta-feira (18), dois nomes de seguranças foram ocultados na lista entregue pela empresa responsável por atuar no local.
Lutador de Jiu Jitsu
Entre aqueles que foram até a delegacia para prestar depoimentos, um homem foi identificado como Leandro de Tallis Pinheiro. Leandro foi preso após encontrarem munições em sua casa. Posteriormente, após pagar fiança, foi solto.
O suspeito é lutador de Jiu jitsu e tem passagens pela polícia por associação criminosa, ameaça e lesão corporal, além de uma por furto em 2012. As investigações analisaram que, “estranhamente, o segurança lutador de artes marciais não voltou para trabalhar no dia seguinte”.
O secretário-executivo de Segurança Pública, Nico Gonçalves, disse que é prematuro afirmar que Leandro é o principal suspeito pela morte do empresário. O homem foi liberado após pagar fiança.
Nenhum outro foi preso
Nenhum dos outros suspeitos que compareceram à delegacia foram presos. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Rogério Thomaz, por enquanto, só foram feitas medidas de busca.
Por orientação técnica da defesa, nenhum deles prestou depoimentos neste momento. Os advogados querem ter acesso à medida cautelar e às argumentações policiais, para que os investigados prestem as declarações na sequência.
*Sob supervisão de AR.