Operação Estorno mira suspeitos de aplicar golpes com uso do mecanismo de chargeback
Este conteúdo foi originalmente publicado em Empresários são investigados por esquema de clonagem de cartões em Natal no site CNN Brasil. Rio Grande do Norte, -agencia-cnn-, Clonagem, Golpe CNN Brasil
Um casal de empresários e um homem estão sendo investigados pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) por envolvimento em um esquema de clonagem de cartões de crédito para aplicar golpes na cidade de Natal.
Nesta terça-feira (15), os três foram alvos da Operação Estorno, deflagrada pelo MPRN para apurar crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e envolvimento em organização criminosa.
A ação contou com a participação de dois promotores de Justiça, oito servidores do MPRN e 12 policiais militares. Três mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos endereços ligados aos suspeitos. Durante a operação, foram apreendidos cartões de crédito e débito, celulares e outros equipamentos eletrônicos. Todo o material será analisado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Segundo as investigações, os suspeitos agiam em Natal e foram identificados a partir de uma denúncia anônima recebida em 2021. O esquema utilizava o mecanismo conhecido como chargeback, no qual o titular de um cartão contesta uma compra e solicita o estorno do valor. Os investigados são apontados por clonar cartões e realizar compras por meio de links gerados em um aplicativo de uma instituição financeira brasileira.
Após as transações, os valores eram transferidos ou sacados antes que o titular do cartão percebesse a fraude e solicitasse o cancelamento da compra.
Uma lavanderia de propriedade do casal estaria sendo usada para ocultar e dissimular os valores obtidos com os golpes. O terceiro suspeito teria movimentado mais de R$ 100 mil, o que reforça os indícios de sua participação no esquema.
As vítimas acumulavam prejuízos com os cartões bloqueados e os nomes inseridos em cadastros de inadimplentes, enquanto a instituição bancária também arcava com as perdas financeiras.
Os investigados, todos moradores de Natal, podem responder pelos crimes de estelionato e lavagem de dinheiro. O MPRN continua apurando o caso para reunir mais provas, identificar outros possíveis envolvidos e rastrear o destino dos valores obtidos de forma ilícita.
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