Filho do ex-presidente foi citado por Mauro Cid em delação premiada como integrante e administrador do “gabinete do ódio”
Este conteúdo foi originalmente publicado em Enredo de novela mexicana, diz Carlos Bolsonaro sobre delação de Cid no site CNN Brasil. Política, -agencia-cnn-, Carlos Bolsonaro, Delação premiada, Mauro Cid CNN Brasil
O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, disse, em delação premiada, que o filho do ex-presidente, vereador Carlos Bolsonaro (PL), fazia parte e administrava o chamado “gabinete do ódio”, que, de acordo com a Polícia Federal (PF), era responsável por criar e repercutir “notícias não lastreadas ou conhecidamente falsas com o objetivo de atacar integrantes de instituições públicas, desacreditar o processo eleitoral brasileiro e reforçar o discurso de polarização”.
O delator afirmou que mantinha uma relação de subordinação com Carlos Bolsonaro, que seria responsável por ditar “o que eles teriam que colocar, falar”.
De acordo com o documento da delação, liberado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, Cid afirmou que era o “Carlos Bolsonaro que tomava conta das outras redes do ex-presidente (Instagram, o Twitter e os outros)”.
Ainda segundo Cid, os integrantes do “gabinete do ódio”, às vezes, “brigavam com o ex-presidente porque o presidente publicava coisas que eles não queriam”, enfatizando que “principalmente Carlos Bolsonaro não queria que as mídias sociais do presidente fossem aquelas mídias enfadonhas”.
O filho de Bolsonaro se manifestou sobre as acusações feitas pelo ex-ajudante de ordens. Nas redes sociais, Carlos Bolsonaro disparou contra Mauro Cid, afirmando que a delação induz “ao enredo de uma novela mexicana de quinta categoria”.
“Cada segundo fica mais claro que o coronel das Forças Especiais, com curso de bolinhas de gude e peteca, conhecido como Mauro Cid, não é apenas um pobre coitado que sofria ameaças para delatar. Em suas colocações assinadas, expõe falsas acusações sem provar nada a todo momento”, escreveu.
O vereador ainda citou o ex-assessor de Bolsonaro, Filipe Martins, também denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), na última terça-feira (18).
“Filipe G. Martins ficou o dobro do tempo preso de forma ilegal, desumana e até hoje não conseguiu ver sua filha desde que tudo começou. Isso, sim, é um perseguido político, e não aqueles que nitidamente tramaram contra o povo brasileiro, conduzindo inocentes – que nem chegaram perto da Praça dos Três Poderes – e encaminhando-os para a câmara de gás”, concluiu Carlos Bolsonaro.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Enredo de novela mexicana, diz Carlos Bolsonaro sobre delação de Cid no site CNN Brasil.