Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, já sinalizou que a Casa deve fazer alterações no projeto durante a tramitação
Este conteúdo foi originalmente publicado em Enviamos PL do IR com antecedência para melhor esclarecimento, diz Haddad no site CNN Brasil. Macroeconomia, CNN Brasil Money, Congresso, Fernando Haddad, Imposto de Renda CNN Brasil
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (19) que o Palácio do Planalto mandou o projeto de lei que amplia a isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil com bastante antecedência para que o Congresso Nacional tenha tempo suficiente para avaliar a proposta e para que haja espaço para esclarecer a importância da iniciativa.
A declaração foi realizada após a cerimônia de premiação da Olimpíada do Tesouro Direto de Educação Financeira (OLITEF 2024).
“Sabemos que o Congresso vai querer entender, vai querer mais dados. Nós vamos fazer exatamente o que nós fizemos com o imposto sobre o consumo. Vamos dar todo o subsídio técnico para o Congresso chegar à mesma conclusão que nós ou propor alterações”, disse.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, já sinalizou que a Casa deve fazer alterações no projeto durante a tramitação. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escalou os ministros Haddad e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) para atuarem em ofensiva pela reformulação do Imposto de Renda (IR) no Congresso Nacional.
O chefe da pasta econômica evitou cravar se a proposta deve ser aprovada pelo Congresso Nacional ainda no primeiro semestre de 2025. O governo quer que a isenção seja implementada a partir de 2026.
“Eu penso que o Congresso tem que ter o tempo dele e nós estamos mandando com bastante antecedência para poder esclarecer a opinião da necessidade de corrigir uma das maiores distorções da economia brasileira”, disse a jornalistas.
O ministro disse também que o governo federal decidiu não incluir produtos isentos do mercado financeiro no imposto mínimo por avaliar que a retirada não iria afetar o equilíbrio fiscal do projeto. A proposta foi enviada ao Congresso Nacional na última terça-feira (19).
“A gente avaliou que, como nós nos comprometemos com um projeto equilibrado do ponto de vista fiscal, nós entendemos que esse modelo acabou favorecendo o equilíbrio fiscal”, disse Haddad.
Para compensar a perda de receitas que o aumento da isenção do Imposto de Renda trará, o governo propôs a criação de um imposto mínimo de até 10% para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês, o equivalente a R$ 600 mil por ano.
No entanto, o governo elencou itens que devem ser excluídos da renda considerada para fixação da alíquota mínima:
- Ganho de capital;
- Herança ou doação em adiantamento da legítima;
- Rendimentos recebidos acumuladamente.
O projeto também exclui da base de cálculo da tributação mínima:
- Poupança;
- Indenizações;
- Aposentadoria e pensão de moléstia grave;
- Rendimentos recebidos acumuladamente;
- Títulos e valores mobiliários isentos.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Enviamos PL do IR com antecedência para melhor esclarecimento, diz Haddad no site CNN Brasil.

