Mário Braga, especialista em América Latina, avalia que recente pronunciamento de Donald Trump indica escalada de pressão contra o regime de Nicolás Maduro Internacional, -transcricao-de-videos-, América Latina, Donald Trump, Estados Unidos, geopolítica, Venezuela, Waack, William Waack, ww CNN Brasil
A recente declaração do presidente Donald Trump sobre a Venezuela pode sinalizar uma nova e preocupante fase nas relações entre os Estados Unidos e o país sul-americano. Segundo Mário Braga, especialista para a América Latina da Rane, o pronunciamento do líder americano indica fortemente a possibilidade de ataques aéreos em território venezuelano.
Durante sua participação no WW, Braga explicou que a postagem feita por Trump parece ser “mais um passo nessa escalada de pressão que Washington vem fazendo sobre Caracas”. O especialista detalhou que esses possíveis ataques poderiam ter como alvos tanto bases ligadas ao tráfico de drogas quanto instalações militares venezuelanas, considerando que “parte das forças armadas venezuelanas têm envolvimento em atividades ilícitas, inclusive o tráfico, especialmente de cocaína”.
Histórico de sanções econômicas
O especialista lembrou que esta não seria a primeira tentativa dos Estados Unidos de sufocar financeiramente o regime venezuelano. “Ainda no primeiro termo, na primeira administração do Trump, ele já havia imposto sanções financeiras, isolando a Venezuela do mercado financeiro, também sobre alguns setores da economia venezuelana”, explicou Braga.
A estratégia americana tem seguido uma progressão clara. No início deste ano, houve a suspensão de licenças para empresas ocidentais de óleo e gás operarem na Venezuela. Posteriormente, uma licença mais restrita foi concedida à Chevron para retomar atividades, mas com a condição de não realizar pagamentos em espécie para o governo venezuelano.
Todas essas medidas, segundo Braga, têm um objetivo comum: restringir os recursos financeiros utilizados por Nicolás Maduro para manter o apoio das Forças Armadas, consideradas um pilar fundamental de sustentação do regime. A possibilidade de ataques aéreos representaria, portanto, uma escalada significativa na pressão americana contra o governo venezuelano, passando de sanções econômicas para uma potencial intervenção militar direta.

