Em entrevista à CNN em Espanhol, chanceler brasileiro defendeu a separação de Poderes no Brasil e disse não ser possível uma interferência do presidente Lula Política, Estados Unidos, Jair Bolsonaro, Mauro Vieira CNN Brasil
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse, nesta segunda-feira (15), em entrevista à CNN em Espanhol, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e vai cumprir sua sentença.
Vieira falava sobre sanções dos Estados Unidos ao Brasil devido à situação jurídica de Bolsonaro, que pegou uma pena de 27 anos e três meses de prisão na ação que apura um plano de golpe de Estado após as eleições de 2022.
“Não há espaço para negociação sob pressão com relação ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Quanto a isso não podemos negociar nenhum milímetro. Isso é algo que está nas mãos da Justiça, que já ditou sua sentença. Quanto a isso, não há nada que se possa fazer porque está estabelecido na Constituição Brasileira de 1988”, disse.
“Não há como negociar o status do ex-presidente da República. Ele está condenado e vai cumprir sua sentença. Quanto a isto, não há dúvidas. Não há nada que negociar”, prosseguiu.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou que o país pode impor novas sanções ao Brasil nos próximos dias. “Haverá uma resposta dos EUA a isso, e é sobre isso que – teremos alguns anúncios na próxima semana ou mais sobre quais passos adicionais pretendemos tomar“, disse.
Rubio ainda declarou que o julgamento de Bolsonaro “é apenas mais um capítulo de uma crescente campanha de opressão judicial que tentou atingir empresas americanas e até pessoas que operam a partir dos Estados Unidos”, em referência a determinações do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Vieira, por sua vez, citou que os Três Poderes no Brasil são independentes e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não pode interferir em outro.
“Pedir que libere o ex-presidente por qualquer motivo que seja é uma interferência em temas internos e é algo impossível ao chefe de Estado, ao Lula, exercê-lo, porque os Três Poderes são independentes”, citou o chanceler brasileiro.
*Publicado por Douglas Porto

			
			
		