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Estudo analisa motivações de produtores para conservação florestal 

Última atualização: 25 de julho de 2025 15:26
Published 25 de julho de 2025
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Apenas 9% de 90 produtores de 13 municípios paulistas entrevistados apontaram o sequestro de carbono como um benefício da conservação e 2% citaram investir tempo e dinheiro para adquirir mudas e promover restauração ativa  São Paulo, Conservação ambiental, COP30, Sustentabilidade CNN Brasil

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Uma nova pesquisa avaliou as razões que influenciam as decisões de proprietários rurais do Estado de São Paulo, para conservar ou desmatar áreas de preservação em suas terras.

O estudo, que entrevistou 90 produtores em 13 municípios e analisou o período de 1985 a 2015, revela uma realidade complexa: enquanto a escassez de água já é percebida por 78% dos entrevistados, apenas 9% veem o sequestro de carbono como um benefício relevante da conservação florestal.

Essa desconexão, somada à baixa disposição para investimentos próprios em restauração ativa, levanta questionamentos cruciais sobre o futuro das florestas brasileiras e a eficácia das políticas ambientais.

A legislação brasileira prevê que todas as propriedades rurais tenham áreas destinadas à preservação de florestas. Nas Áreas de Proteção Permanente (APPs) – entorno de nascentes, margens de rios e topos de morro, por exemplo – a vegetação nativa deve ser mantida ou restaurada e protegida de qualquer ação humana.

Já as Reservas Legais correspondem a um percentual da área da propriedade no qual a vegetação nativa ou restaurada pode ser explorada desde que de forma sustentável.

Somadas, essas áreas correspondem a 54% da vegetação nativa remanescente do Brasil, o que ressalta a importância da participação de proprietários rurais nas políticas de conservação ambiental.

“Compreender os fatores que motivam as percepções e decisões dos agricultores sobre os benefícios promovidos pela floresta pode ajudar a identificar o que possibilita a conservação e a restauração florestal e otimizar o cumprimento da lei” explica Amanda Fernandes, que desenvolveu a pesquisa em seu mestrado no Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (Lerf) da Esalq e na Universidade de Wageningen, nos Países Baixos.

Foram realizadas entrevistas com 90 proprietários rurais de 13 municípios do Estado de São Paulo. A pesquisa avaliou três pontos principais na relação entre proprietários, as áreas de cobertura florestal obrigatórias e suas propriedades: as motivações para diminuição, manutenção ou ampliação dessas áreas; os benefícios da sua manutenção ou ampliação e a disposição para a restauração florestal em suas terras.

Proprietários de grandes áreas desmataram mais no período estudado (1985-2015) citando como razões incentivos governamentais (oferecidos entre as décadas de 1970 e 1980, mas que ainda seguem mencionados), aumento da área agrícola, de renda e a “ganância humana”.

Entre os que mantiveram as áreas de floresta, a conservação da água e o cumprimento da lei foram motivações mais comuns em grandes propriedades, enquanto a adequação à legislação e o legado familiar foram prioritários para pequenos proprietários.

Já entre os que ampliaram a cobertura florestal, as razões incluíram o cumprimento da lei, a conservação da água, terras inadequadas para agricultura e a expansão da APP.

Sobre os benefícios, a conservação da água foi o mais citado. “Em 78% das entrevistas identificamos uma percepção de alteração da disponibilidade de água de 1985 até hoje.

Desses, 89% notaram redução na disponibilidade de água, atribuída a fatores naturais [como o El Niño], desmatamento, uso irracional da água, monocultura de eucalipto, assoreamento de rios e altas temperaturas”, explica Fernandes. Os 11% restantes relataram aumento na disponibilidade, associado à proteção de nascentes e à restauração de áreas degradadas.

A maioria dos proprietários se disse disposta a restaurar áreas florestais com apoio e retorno financeiro. Contudo, as contribuições mencionadas limitam-se à preservação das florestas existentes (60%) e à manutenção de áreas restauradas (38%). Apenas 2% citaram investir tempo e dinheiro para adquirir mudas e promover restauração ativa.

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Seleção dos entrevistados

Um dos critérios utilizados para selecionar os entrevistados levou em conta municípios onde houve aumento, diminuição ou manutenção da área de vegetação nativa entre 1985 e 2015, uma análise que faz parte do projeto “Compreendendo florestas restauradas para o benefício das pessoas e da natureza”, vinculado ao Programa BIOTA-FAPESP, no qual a pesquisa se insere.

Quanto ao perfil dos entrevistados, 57% relataram obter sua renda principal da produção agrícola e da pecuária, 31% apenas da agricultura e 12% apenas da pecuária. Culturas como milho, soja, cana-de-açúcar, feijão, laranja – além de gado de corte e leiteiro – predominam em fazendas de médio e grande porte, enquanto mandioca, quiabo, alface, ovos, banana e limão são produzidos principalmente em pequenas propriedades.

Dos entrevistados, 78% dos produtores relataram participar de cooperativas agrícolas e/ou associações de agricultores e 53% indicaram receber assistência técnica para a administração das propriedades.

Implicações práticas

Os resultados mostram que os proprietários rurais paulistas estão bem informados: têm educação formal, assistência técnica, participam de cooperativas, conhecem suas terras e a legislação. “Ainda assim, não estão totalmente dispostos a contribuir ativamente para a restauração de áreas em suas propriedades, mesmo que seja ordenada por lei”, reflete Fernandes.

“Surpreendentemente, não consideravam o sequestro de carbono como algo relevante para esse processo, o que nos leva a refletir sobre a importância de avançar com comunicação e capacitação sobre projetos de restauração e carbono na Mata Atlântica, com destaque para os proprietários rurais e organizações que atuam com restauração no bioma.”

Apenas 9% de todos os produtores entrevistados perceberam o sequestro de carbono como um benefício. “A maioria não se interessa pelo tema e os que se interessam precisam de informações sobre o mercado de carbono e como aumentar sua renda com a conservação e restauração florestal dentro de sua propriedade”, frisa a pesquisadora.

“A restauração do bioma acontece dentro das áreas rurais privadas e os proprietários precisam saber dos benefícios econômicos e sociais relacionados à captura de carbono”, complementa Fernandes.

“Outro ponto evidente é que o fator econômico é central nas decisões dos proprietários”, explica Cristina Adams, professora da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP e uma das autoras do artigo. “No entanto, soluções como as do mercado de carbono e dos pagamentos por serviços ambientais não vão resolver sozinhas essa questão. É preciso começar uma discussão sobre mudanças mais profundas, uma transição.

Assim como estamos discutindo a transição energética para formas mais sustentáveis de produção de energia é preciso discutir a transição do modelo agrícola para uma agricultura ecológica que inclua a restauração de florestas.”

Publicado na revista Restoration Ecology por pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) e colaboradores. O artigo Determinants of farm-level land use decisions and perceptions of associated ecosystem services in the Brazilian Atlantic Forest pode ser lido em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/rec.70089?af=R.

* Com informações de Érica Speglich, do boletim BIOTA Highlights.

 

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