By using this site, you agree to the Privacy Policy and Terms of Use.
Aceitar
Portal Nação®Portal Nação®Portal Nação®
Notification Mostrar mais
Font ResizerAa
  • Início
Lendo: Estudo da FGV indica elo entre mercado de cigarro ilegal e avanço da violência
Compartilhe
Font ResizerAa
Portal Nação®Portal Nação®
  • Notícias
  • Esporte
  • TV Nação
  • Entretenimento
  • Ciência
  • Tecnologia
  • Acesso
Search
  • Início
Siga nas redes
Portal Nação® > Noticias > outros > Estudo da FGV indica elo entre mercado de cigarro ilegal e avanço da violência
outros

Estudo da FGV indica elo entre mercado de cigarro ilegal e avanço da violência

Última atualização: 3 de novembro de 2025 10:01
Published 3 de novembro de 2025
Compartilhe
Compartilhe

O crime organizado brasileiro tem uma fonte de receita constante, lucrativa e de baixa exposição policial: o comércio ilegal de cigarros. De acordo com um estudo inédito da Fundação Getulio Vargas (FGV Conhecimento), patrocinado pela Associação Brasileira da Indústria do Fumo (Abifumo) e obtido pelo JOTA, esse mercado movimenta R$ 10,2 bilhões por ano — o equivalente a cerca de 7% de todo o faturamento das organizações criminosas no país.

Contents
Assine gratuitamente a newsletter Últimas Notícias do JOTA e receba as principais notícias jurídicas e políticas do dia no seu emailContrabando e falsificação

De acordo com o estudo, assinado pelos pesquisadores Camila Sena; Camila Lannes; Ricardo Simonsen e Renan Peri, mais do que um problema de contrabando ou evasão fiscal, o cigarro ilegal se consolidou como uma das principais bases financeiras da economia do crime. O relatório afirma que esse comércio paralelo não apenas causa perdas bilionárias aos cofres públicos, mas também impulsiona diretamente a violência em todo o território nacional.

Segundo Pieri, a persistência dessa economia paralela está ligada a fatores estruturais e de longo prazo, como a tributação elevada e as fragilidades de fiscalização nas fronteiras e nos centros urbanos. “O cigarro ilegal é um fenômeno que combina oferta abundante e demanda constante. Mesmo com avanços pontuais na repressão, há incentivos econômicos que mantêm o problema vivo”, explica o pesquisador.

Assine gratuitamente a newsletter Últimas Notícias do JOTA e receba as principais notícias jurídicas e políticas do dia no seu email

A FGV constatou que cada aumento de 1 ponto percentual na taxa de ilegalidade do mercado de cigarros está estatisticamente associado a 239 novos homicídios dolosos por ano, além de 892 ocorrências de tráfico de drogas, 629 apreensões de armas de fogo, 339 roubos de carga, 2.868 roubos de veículos, 30 latrocínios e 9 roubos a instituições financeiras.

“O cigarro ilegal é a vaca leiteira do crime”, afirmou ao JOTA Edson Vismona, presidente do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP). “Ele dá liquidez rápida, usa as mesmas rotas e estruturas de outros mercados ilícitos e financia drogas, armas e combustíveis contrabandeados. Quando ele é contido, a criminalidade cai.”

Para Renan Pieri, os resultados reforçam a ideia de que o cigarro ilegal é parte da engrenagem financeira que sustenta o crime organizado, e não apenas um subproduto dele. “Os dados mostram correlação clara entre a expansão do mercado ilegal e o aumento de crimes graves. O cigarro funciona como uma fonte de capital para organizações que atuam em outras frentes, como drogas, armas e combustíveis”, afirma.

Contrabando e falsificação

O levantamento indica que 24 pontos percentuais da ilegalidade vêm de contrabando, especialmente do Paraguai, e outros 8 p.p. correspondem a fábricas clandestinas e empresas devedoras contumazes que operam no Brasil sem recolher tributos. Essas estruturas atuam em polos estratégicos próximos à fronteira e ao interior paulista, fabricando produtos que imitam marcas legais e são vendidos abaixo do preço mínimo estabelecido pela Receita Federal.

A FGV descreve esse arranjo como um mercado híbrido, que combina produção irregular interna e importação ilícita transnacional. A operação é sustentada por logísticas profissionais, rotas bem definidas e uso intensivo de transporte rodoviário, aproveitando falhas de fiscalização e barreiras aduaneiras frágeis.

“É um fenômeno econômico criminoso”, diz Vismona. “As facções entenderam que o cigarro é um produto de massa, que dá retorno rápido e baixo risco. É crime com CNPJ, logística e gestão.”

Pieri acrescenta que as facções tratam o contrabando de forma empresarial, com divisão de funções, hierarquia e gestão de risco. “Há indícios de profissionalização nas estruturas criminosas, que passam a encarar o contrabando como uma operação comercial completa. Isso amplia a eficiência e dificulta o enfrentamento estatal”, observa o pesquisador.

Para elaborar o estudo, a FGV cruzou informações de diversas fontes oficiais: Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), Relatórios do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), Receita Federal, Tesouro Nacional e pesquisa Ipec Pack-Swap 2024, que mede o tamanho do mercado ilegal por meio da coleta e auditoria de embalagens.

Com base nesses dados, a instituição aplicou modelos econométricos de efeitos fixos por estado (2019–2024), que identificam correlações robustas entre o avanço do mercado ilegal e a criminalidade violenta. Os pesquisadores alertam que as relações não indicam causalidade direta, mas revelam um padrão estatístico sólido: quanto maior a presença do cigarro ilegal, maior a incidência de crimes graves.

De acordo com Pieri, o estudo buscou oferecer evidências para embasar o debate público e aprimorar o entendimento sobre as conexões entre economia e segurança. “Nosso objetivo foi dimensionar o problema com base em dados concretos e trazer evidências empíricas para a discussão. O cigarro ilegal não é um fenômeno isolado, mas parte de uma rede econômica criminosa integrada”, afirma.

You Might Also Like

Exames ajudam a prevenir lesões esportivas antes mesmo da dor surgir 

Dia dos Solteiros: Como costume chinês está moldando e-commerce brasileiro? 

COP30: Brasil apresentará “mapa do US$ 1,3 trilhão” para clima neste sábado 

Veja seleções que podem garantir vaga na Copa neste sábado (15) 

Presidente da COP30 convoca plenária extra e mira temas sensíveis 

Compartilhe esse artigo
Facebook Twitter Email Print
Deixe um comentário

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Siga o Portal Nação

Nas redes Sociais
FacebookLike
TwitterSiga nas redes
YoutubeSubscribe
TelegramSiga nas redes

Newsletter semanal

Assine nossa newsletter para receber nossos artigos mais recentes instantaneamente!

Notícias populares
outros

Virginia diz que precisará se recuperar após viagem e festa com Vini Jr. 

3 de setembro de 2025
China propõe plano para aumentar consumo com elevação da renda e subsídios 
Vestibular Unesp deve registrar maioria de estudantes da rede pública 
Nvidia anuncia investimento de US$ 100 bilhões na OpenAI 
Explosão de gás pode ter causado desabamento em Olinda (PE) 
- Publicidade -
Ad imageAd image
  • Avisos legais
  • Política de privacidade
  • Gerenciamento de Cookies
  • Termos e condições
  • Parceiros

Todas as últimas notícias do Portal Nação direto na sua caixa de entrada

Aqui no Portal Nação, acreditamos em criar os melhores produtos para a indústria que cruzam o melhor design de software, experiência do usuário e funcionalidade.

Nosso site armazena cookies no seu computador. Eles nos permitem lembrar de você e ajudam a personalizar sua experiência em nosso site.
Leia nossa política de privacidade para maiores infromações.

Copyright © 2023-2024 Portal Nação | Todos os Direitos Reservados

Orgulhosamente ❤️ por HubCloud © 2024. Todos os Direitos Reservados
Welcome Back!

Sign in to your account

Lost your password?