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O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, declarou a outros países na quinta-feira (4) que o reconhecimento de um Estado palestino causará mais problemas.
“Dissemos a todos esses países, dissemos a todos eles, que se vocês fizerem essa coisa de reconhecimento, é tudo falso, nem mesmo é real, se vocês fizerem isso, criarão problemas”, disse Rubio em Quito, capital do Equador, onde se reuniu com o presidente Daniel Noboa.
“Haverá uma resposta, isso tornará mais difícil conseguir um cessar-fogo e pode até mesmo desencadear esses tipos de ações que vocês já viram, ou pelo menos essas tentativas de ações”, disse Rubio.
O secretário de Estado disse que não opinaria sobre a discussão israelense em torno da anexação da Cisjordânia, apesar de afirmar que ela não é definitiva.
Entenda a guerra na Faixa de Gaza
A guerra na Faixa de Gaza começou em 7 outubro de 2023, depois que o Hamas lançou um ataque terrorista contra Israel.
Combatentes do grupo radical palestino mataram 1.200 pessoas e sequestraram 251 reféns naquele dia.
Então, tropas israelenses deram início a uma grande ofensiva com bombardeios e por terra para tentar recuperar os reféns e acabar com o comando do Hamas.
Os combates resultaram na devastação do território palestino e no deslocamento de cerca de 1,9 milhão de pessoas, o equivalente a mais de 80% da população total da Faixa de Gaza, segundo a UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos).
Desde o início da guerra, pelo menos 61 mil palestinos foram mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. O ministério, controlado pelo Hamas, não distingue entre civis e combatentes do grupo na contagem, mas afirma que mais da metade dos mortos são mulheres e crianças. Israel afirma que pelo menos 20 mil são combatentes do grupo radical.
Parte dos reféns foi recuperada por meio de dois acordos de cessar-fogo, enquanto uma minoria foi recuperada por meio das ações militares.
Autoridades acreditam que cerca de 50 reféns ainda estejam em Gaza, sendo que cerca de 20 deles estariam vivos.Enquanto a guerra avança, a situação humanitária se agrava a cada dia no território palestino.
Segundo a ONU, passa de mil o número de pessoas que foram mortas tentando conseguir alimentos, desde o mês de maio, quando Israel mudou o sistema de distribuição de suprimentos na Faixa de Gaza.
Com a fome generalizada pela falta da entrada de assistência na Faixa de Gaza, os relatos de pessoas morrendo por inanição são diários.
Israel afirma que a guerra pode parar assim que o Hamas se render, e o grupo radical demanda melhora na situação em Gaza para que o diálogo seja retomado.