Americanos devem propor novo adiamento nas taxas à China; líderes da União Europeia veem com preocupação tratado com Washington Macroeconomia, China, Donald Trump, Tarifas, William Waack CNN Brasil
China e Estados Unidos voltaram a se reunir nesta segunda para negociar um acordo comercial e tarifário. Os representantes comerciais das duas maiores economias do planeta se reuniram em Estocolmo, capital da Suécia. Entre eles, Scott Bessent, secretário do Tesouro americano, e o vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng.
Segundo a agência de notícias Reuters, os oficiais americanos devem propor mais um adiamento de três meses para as taxas de 30%.
Nesta segunda-feira (28), ao lado do primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, Donald Trump comentou brevemente as expectativas de um acordo com os chineses. Segundo Trump, ele adoraria “ver a China abrir o país. Estamos lidando com a China neste exato momento.”
Trump também citou um “patamar médio” de tarifas para os países que não chegarem a um acordo comercial com Washington. “Eu disse, sabe, eu meio que sei, mas só quero ser gentil. Eu diria na faixa de 15 a 20%.”, disse Trump.
As declarações do republicano chegam um dia depois da apresentação de um acordo tarifário com a União Europeia. O texto prevê 15% de tarifas aos produtos europeus que entram nos Estados Unidos, com isenções ainda não totalmente especificadas, mas que envolvem aeronaves e semicondutores.
Algumas das principais lideranças do bloco reagiram mal ao acordo. O chanceler alemão, Friedrich Merz — depois de elogiar o acordo no domingo (27) — voltou atrás e afirmou que as tarifas irão prejudicar a economia alemã.
O primeiro-ministro da França disse que o bloco se submeteu aos Estados Unidos e que tinham passado por “um domingo sombrio”. Argumento repetido pelo líder da Hungria, Viktor Orbán — aliado de primeira ordem de Donald Trump.
A Europa prometeu US$ 750 bilhões pelos próximos três anos em produtos energéticos dos Estados Unidos.
A cifra — e o acordo — são contestados pelo tamanho do mercado europeu. Em 2024, a Europa importou US$ 83 bilhões em combustíveis minerais e óleos, 66% a menos do que prometeu investir até o último ano de mandato de Trump.

