Em entrevista à CNN, Leonardo Trevisan, afirmou que a ação militar dos Estados Unidos contra embarcações no Caribe, que resultou em três mortes, viola direito internacional e pode representar pressão contra a Venezuela Internacional, -transcricao-de-videos-, América Latina, Estados Unidos, Guerra, Tráfico de drogas, Venezuela CNN Brasil
Os Estados Unidos realizaram um ataque contra embarcações no Caribe que resultou na morte de três pessoas, em uma operação que viola princípios do direito internacional marítimo, segundo o professor de Relações Internacionais da ESPM, Leonardo Tresivan, em entrevista à CNN. A ação militar foi justificada pela suspeita de tráfico de drogas, porém não há evidências que comprovem esta acusação.
O professor explica que o direito internacional proíbe ataques a embarcações em águas internacionais desde 1921, em uma convenção da qual os próprios Estados Unidos são signatários. “O procedimento correto seria a interceptação dos barcos pela guarda costeira caso se aproximassem de águas territoriais americanas”, afirmou.
Impacto na América Latina
O incidente representa uma retomada de práticas que não eram vistas há mais de 40 anos na região. A última vez que os Estados Unidos realizaram uma ação militar unilateral similar na América Latina foi em 1989, durante a invasão do Panamá, e antes disso, em 1983, no ataque à Granada.
O especialista destaca que o episódio pode estar relacionado a tensões internas no governo americano sobre a política em relação à Venezuela. “Uma semana antes dos ataques, a Chevron havia recebido autorização para retomar negócios com o país sul-americano, decisão que teria desagradado setores do Departamento de Estado”, concluiu.
A situação levanta preocupações sobre a estabilidade regional e o respeito ao direito internacional. Trevisan ressalta que não podem existir dois pesos e duas medidas quando se trata de violações de soberania, seja na América Latina ou em outras partes do mundo.

