Ela teria transportado um fuzil utilizado no crime contra o ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes São Paulo, -agencia-cnn-, Investigação, Polícia Civil, São Paulo (estado) CNN Brasil
Uma mulher suspeita de participação na morte do ex-delegado-geral Ruy Ferraz foi levada ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), em São Paulo, na tarde desta quarta-feira (17). Pouco depois, a polícia pediu sua prisão temporária.
Segundo apurou a CNN, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou que ela é suspeita de envolvimento no crime. Ela teria transportado um fuzil utlizado na execução.
As forças de segurança seguem mobilizadas para identificar e prender todos os envolvidos no crime. Além dela, testemunhas e familiares dos dois suspeitos já identificados também foram ouvidos nesta quarta-feira.
A polícia também tem outros dois suspeitos identificados. As buscas por eles prosseguem. Objetos apreendidos durante o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão, na capital e na Grande São Paulo, estão em análise pericial.
O crime
O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo foi assassinado a tiros na noite de segunda-feira (15), em Praia Grande, no litoral paulista. Imagens de câmeras de segurança obtidas pela CNN mostram criminosos armados com fuzis durante a ação.
Segundo as informações, ao tentar fugir, o carro da vítima foi atingido por um ônibus e capotou. Em seguida, os criminosos se aproximaram e realizaram a execução. Após o crime, os suspeitos fugiram.
A corporação confirmou que o ex-delegado não resistiu aos ferimentos após o ataque. Ruy Ferraz Fontes ocupava atualmente o cargo de secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande. Ele atuava contra a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e era considerado um dos principais inimigos da facção.
Linhas de investigação
Existem de três a quatro variantes de investigação sendo trabalhadas simultaneamente pelo DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), com apoio do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais).
Uma das principais linhas investigativas é a vingança de facções criminosas, em especial o PCC.
Ruy Ferraz foi responsável por mapear a estrutura do PCC nos anos 2000. Uma suspeita levantada é de que a ação possa ser obra da “Sintonia Restrita”, grupo de pistoleiros do PCC.
Outra linha de investigação é a possível ligação do crime com o trabalho de Fontes na Prefeitura de Praia Grande como secretário de Administração. A polícia afirmou que na madrugada após o crime, muitas informações foram recebidas e serão checadas.

