Depoimento acontece enquanto a investigação sobre a tentativa fracassada de Yoon Suk Yeol de impor a lei marcial em dezembro se intensifica Internacional, Ásia, Coreia do Sul, Impeachment, Lei marcial, Yoon Suk Yeol CNN Brasil
O ex-presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, respondeu a uma intimação, neste sábado (28), feita por um promotor especial sob ameaça de nova prisão.
O depoimento acontece enquanto a investigação sobre a tentativa fracassada do líder deposto de impor a lei marcial em dezembro se intensifica.
Yoon, por meio de advogados, protestou contra as exigências do promotor especial para comparecer a um interrogatório sob a atenção da imprensa, considerando-as uma violação dos direitos e uma tática para humilhá-lo publicamente.
Os defensores afirmaram em um comunicado que o ex-presidente responderia à investigação neste sábado (28) e diria a verdade.
Eles descreveram a investigação como “politicamente motivada” e “cheia de falsidades e distorções”.
Yoon não respondeu às perguntas dos repórteres ao entrar na promotoria especial.
A tentativa de imposição da lei marcial em dezembro chocou um país que se orgulhava de se tornar uma democracia próspera, tendo superado a ditadura militar na década de 1980.
Yoon Suk Yeol foi posteriormente deposto em abril pelo Tribunal Constitucional, que confirmou o impeachment pelo parlamento.
O promotor especial solicitou um mandado de prisão para o ex-presidente por se recusar a responder a repetidas intimações anteriores, mas o mandado foi rejeitado por um tribunal esta semana, sob a alegação de que ele já havia manifestado disposição em cooperar.
Nomeado no início de junho, o procurador criou uma equipe de mais de 200 promotores e investigadores para assumir as investigações em andamento contra Yoon, um ex-promotor de alto escalão que foi eleito presidente em 2022.
Yoon Suk Yeol já está sendo julgado por liderar a declaração de lei marcial em 3 de dezembro.
O ex-presidente havia sido preso em janeiro após resistir às autoridades munidas de um mandado judicial que tentavam prendê-lo, mas foi liberado após 52 dias sob alegações de tecnicalidades legais.