Antonio Ramiro Lourenzo, testemunha de defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, prestou depoimento ao Supremo nesta quarta-feira (28) Política, -agencia-cnn-, Anderson Torres, STF (Supremo Tribunal Federal), Urnas eletrônicas CNN Brasil
Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (28), o ex-secretário do Ministério da Justiça Antonio Ramiro Lourenzo afirmou que não havia indício de fraude nas urnas eletrônicas em relatórios produzidos pela Polícia Federal (PF).
Lourenzo é testemunha de defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que passou mais de um ano preso no âmbito das investigações que apuram a tentativa de golpe de Estado no país em 2022.
Ao Supremo, Lourenzo relatou os bastidores de uma live realizada por Jair Bolsonaro (PL) no dia 29 de julho de 2021. Torres, titular da pasta da Justiça, acompanhou o então presidente na transmissão ao vivo. O objetivo era apresentar indícios de fraudes e manipulações de votos em eleições anteriores.
“Eu recebi os relatórios e buscava algo que o ministro pudesse ler e que eles se prendessem apenas a coisas técnicas feitas pelos peritos da PF, até porque não havia qualquer indício forte, mas que ele participasse com conteúdos técnicos”, contou Lourenzo, que na ocasião era chefe de gabinete de Anderson Torres.
Ainda segundo narrou o ex-secretário da Justiça, “por muito pouco” Torres não participou da transmissão ao lado de Bolsonaro.
“O presidente ensaiou que ia finalizar a live. Então, um assistente se rastejou debaixo da mesa até o presidente e lembrou que o Torres estava do lado de fora e lembra que ele estava com o relatório. Então, o presidente chama ele para participar”, recordou Lourenzo.